Não queria voltar pra casa aquela noite.
Minhas expectativas subiram com o passar das horas ao lado dela.
Eu tentei ser coerente e não entrar no caminho errado aquela noite, disse que não beberia mais que uma taça de vinho no seu apartamento. Também, lembro de dizer que não iríamos prolongar mais que duas horas, precisava voltar pra casa antes que Jimin chegasse. Precisava manter aquela imagem de casal para a sua mãe e ao mesmo tempo tinha um pouco de medo de que as coisas saíssem do meu controle. Não o que poderíamos fazer, isso não passou pela minha cabeça. Mas, se Jimin estivesse sozinho e nenhuma das duas pudesse responder, a quem ele correria?
Eu me senti livre ao chegar até lá e me livrar daqueles saltos. Me livrei daquele coque bem feito que estava doendo com o passar do tempo, soltei meus cabelos e não me importei se a textura dele enrolasse entre as pontas e parecesse no mínimo uma bagunça. Era confortável, a música que Diane colocou enquanto sentamos no tapete da sua sala com uma vista para o centro da cidade e toda aquela conversa sobre arte. O que eu entendia sobre arte? Absolutamente nada! Era ignorante e preferia me manter nesse status, no entanto ouvir sua língua batendo devagar entre os lábios ao falar o nome de pintor me deixou fascinada.
Na terceira taça tudo estava tão quente e agitado, eu amei ouvir o som da sua risada quando me puxou para dançar. As mãos suaves de Diane me conduziram em uma dança gostosa, ela me girou devagar e puxou para junto dos seus braços de costa e eu pude sentir o cheiro do perfume que emanava da sua pele. O mesmo que aquele dia no escritório de Jimin, o mesmo que fantasiei depois de conhecê-la... ele gostava tanto daquele perfume quanto eu?
Giro os calcanhares ficando de frente e sua mão esquerda deslizou entre as escapulas juntando nossos corpos, senti a ponta dos dedos acariciarem de uma forma terna ao ponto de me fazer suspirar. Entre aquele sorriso divertido e umas palavras idiotas, a expressão foi mudando, o sorriso desmanchou-se em uma seriedade ao fitar meus olhos. Diane escorregou a mão que segurava a minha desbravando a pele desnuda do braço, desceu devagar causando um arrepio onde chegou junto a outra. Estávamos quase abraçadas naquela sala, e eu me rendo a única coisa que queria fazer. Encosto o rosto em seu ombro lentamente esfrego a ponta do nariz contra a curvatura do pescoço dela, sua pele é tão macia quanto pêssego, o cheiro... aquele cheiro.
— Eu gosto do seu cabelo assim. -a mão direita subiu entre os fios, sinto os seus dedos massagearem lentamente ao chegar na nuca. — Você lembra uma garota selvagem.
— Jimin gosta quando estão assim também.
— Tem outras coisas que gosto em você bem mais do que ele. -balbuciou, ergo a cabeça e encaro seu rosto por meio segundo e solto um risinho.
— Está sendo generosa. Não precisa me elogiar pelo o que aconteceu.
— Eu estou sendo sincera.
— Assim? Do nada?
— Você tem olhos bonitos. -o tom polido me deixa atenta — Um sorriso encantador, e eu tenho certeza de que todas as vezes que você sorri um milagre acontece. É genuíno, tão... único.
— Diane.
— Esse sorriso!
— Está me deixando envergonhada, minhas bochechas estão queimando.
— Ele é muito idiota. E eu tenho tanta inveja daquele filho da puta.
A sua mão pressionou gentilmente a parte de baixo das minhas costas e então começou a descer até parar na curva da minha bunda. E naquele momento fora definitivamente intencional. Sentia que as coisas poderiam mudar após aquele toque, mesmo que tivesse um pouco mais de resistência.
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Hardcore Man
FanficViollet Desiré é uma esposa completamente apaixonada pelo seu marido. E jamais cogitou que seu casamento estava entrando em um abismo, até aquele dia... No aniversário de casamento, descobre que a vida a dois não é aquele conto de fadas que ela idea...