Capítulo 30 - red lipstick

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POV PARK JIMIN

Quando recebi a informação de que ela estava no prédio, uma ansiedade me corroeu por alguns segundos. Minhas mãos tremeram quase instantaneamente ao ponto de deixar o meu material de lado, esfreguei as palmas suadas no tecido da calça.

Respirei fundo, tentando manter a calma que se esvai aos poucos, a minha paz tinha sido roubada por ele e agora pagava caro por isso. Viollet desapareceu depois daquele dia, sumiu, suas mensagens diminuíram até chegar um certo ponto onde não respondia nada durante dias. Fiquei preocupado inicialmente, pensei que algo de ruim pudesse ter acontecido e porque ela está me evitando se tinha gostado do que aconteceu entre nós?

Minha cabeça revira do avesso no mesmo instante em que aquela mulher girou a maçaneta da porta com um sorriso no rosto. Engulo á seco, sinto-me sufocado pela gravata em meu pescoço e rapidamente levo a mão direita até o nó o folgando.

Eu nunca senti tanta raiva de Viollet como sentia agora. Um instinto que jamais habitou dentro de mim queria sair na sua forma mais grotesca é abominável. A vontade de pega-lá pelo braço e dar-lhe uns bons tapas cresce a cada segundo em que respiramos o mesmo ar.

Mas, aquela raiva passava a desaparecer na mesma intensidade em que surgiu, repentinamente.

Lá estava ela, com um vestido preto acentuado em suas curvas sobre seus saltos, nunca tinha percebido o qual Viollet parece bem mais alta do que eu quando os usava, nunca tinha reparado como suas panturrilhas ficam atrativas tão qual os pés delicados. Os cabelos presos em um rabo de cavalo deixava seu rosto completamente á amostra, para que eu pudesse apreciar aqueles lábios vermelhos.

Seus passos curtos até a frente da minha mesa, puxa a cadeira e senta lentamente sem cortar o contato visual. Sinto como se ela pudesse me queimar com os olhos, me causar algum dano colateral, e eu tenho razão quando falo sobre danos. Entre minhas pernas, meus quadris queimavam em chamas despertando algo que não deveria, principalmente quando estava completamente puto pelo o seu sumiço.

Presto atenção naqueles lábios carnudos, o cheiro que emana da sua pele macia, a vontade que tinha de toca-la. Viollet se tornou uma bomba erótica, sensual e sexy que poderia explodir a qualquer minuto, sabia das suas intenções só em mirar seu rosto, os gestos e como ela se portava confiante.

Eu tinha criado um monstro.

Respiro fundo sem ao menos conseguir ouvir as palavras que saiam da sua boca, o que eu desejo é tirar aquele batom o mais rápido possível.

Ela coloca uma mão no pescoço, acariciando lentamente descendo ate o busto, logo em seguida a tira e coloca entre em cima das pernas cruzadas. Minha boca está seca, estou sedento por ela.

- Park? -meu nome em sua boca soou como mel, de uma forma suave, quase um ronronado que me faria urrar por dentro. Arrumo meus óculos no rosto, apoio os cotovelos na mesa. - Está me ouvindo?

- Ainda somos casados? -consigo formular minha primeira pergunta, vejo a mulher esticar os lábios em um sorriso, ao me olhar, ela passa a língua entre eles.

- Assinamos os papéis, falta só aquela audiência de conciliação. Porque você fez essa merda, seu advogado só quer liberar depois disso.

- Eu disse que assinaria os papéis, mas, não disse como os entregaria. -merda! Jimin! Fique calado, pare de agir como um babaca.

Viollet ergue as sobrancelhas e me encara astuta.

- Você sentiu minha falta? -murmura, estou sendo intimidado pela mulher que costumava a ficar em silêncio quando eu falava. Viollet estava diferente, é como se uma fortaleza nos separasse naquele momento e por alguns segundos me passa a cabeça de que seria impossível fazer uma mulher daquelas ajoelhar-se aos meus pés.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora