HARDCORE MAN II - After the Dark: Capitulo 25 - dark side of the moon

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Me mantive afastada da sua casa desde o dia em que cheguei aqui.

E não foi apenas pelo o que aconteceu na garagem naquele dia, existia o respeito pelo ocorrido e principalmente o seu distanciamento.

Jungkook parece mais consciente do que sou, ou fosse bem mais facil de ser convencido de que cometeu um erro. E eu não quis força-lo a lidar com tudo isso, enquanto encontrava-se em um estado de luto.

Deixei de lado aquela conversa com a senhora Kim, não tinhamos mais nada a conversar. Aquele assunto, era apenas entre mim e Taehyung. Uma terceira pessoa, que não sabia absolutamente de nada sobre o nosso relacionamento, não poderia opinar. Principalmente, quando se tinha um lado a escolher.

Isso não se tratava de lado, quem está certo ou errado.

Naquele momento, eu não tive o senso de tentar esconder a minha preocupação ou fingir que aquilo não poderia se tornar algo maior. Ignorei a distância, o muro em que colocou entre nós dois e minhas palavras ao afirmar que aquilo so seria resolvido quando estivessemos em casa.

Me direciono até a casa de hóspedes em meio aquela tempestade em meus pensamentos. Imaginava qualquer coisa, principalmente quando ela falou que eles tinham algum acordo. Que acordo seria? Se a ultima vez que falamos sobre algo desse tipo foi sobre a sociedade... E estava fora de cogitação, Jungkook fazer alguma coisa pra livrar Taehyung de suas responsabilidades.

Bato na porta algumas vezes, aperto a campanhia no lado e não ouço nada.

- Merda. -resmungo.

Bato mais três vezes: - Jungkook, eu sei que você está ai. -falo alto, tentando me convencer de que ele estava bem. De alguma maneira, meus pensamentos são tão obscuros quanto as palavras de Justin Bieber, e como se ele estivesse me afirmando exatamente todas as coisas que falou sobre Taehyung. E eu não quero pagar pra ver.

A porta abre devagar e pela escuridão da sala e a brecha que se dá com a claridade posso vê-lo por trás dela. Nunca me senti tão aliviada por ver Jungkook, em toda a minha vida.

- Eu estou preocupada com você. -digo inquieta. - Você nem se quer atende uma ligação.

Ele esfrega a mão direita na frente dos olhos, bocejando.

- Eu estou bem. -a voz levemente arrastada e sonolenta.

- O que você conversou com o Taehyung? -pergunto afobada, ele ainda não assimila bem. Abre um pouco mais a porta na tentativa de sair de casa sem que eu pudesse entrar. O impeço de fazer isso, precisavamos conversar á sós. E se fosse na sua casa não teria problema algum.

Passo por ele de forma rude, e puxo a porta de madeira da sua mão a fechando em seguida. A escuridão predominou no ambiente. Todas as cortinas fechadas, ele nem se quer tinha ligado o ar condicionado, estava tão quente e abafado que alguém poderia passar mal se ficasse por tanto tempo preso aqui.

Tiro meu celular do bolso ligando a lanterna, aponto pro rosto dele tentando enxerga-lo.

- O que está acontecendo? -indago, viro na outra direção onde encontro o interruptor e logo ligo a luz. Jeon pisca algumas vezes e coloca a mão na frente dos olhos, bloqueando a claridade até acostumar-se com ela.

- Eu estava dormindo. -o tom ardil me desarmar. As olheiras embaixo dos olhos estão visíveis, escurecidas. Um semblante apatico estampado no rosto, e meu coração aperta.

Porque, ele era mais sensivel que o irmão. E desde o momento do falecimento do pai, se demonstrou completamente indiferente, na tentativa de não ferir os sentimentos do outro. Embora não existisse lagrimas derramadas, é notório que aquele acontecimento tinha o destruido por completo.

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