Capítulo 32 - Faça o que eu quero, Park Jimin

4.5K 234 444
                                    

POV PARK JIMIN

A boca amarga, um nó que se formava minha garganta me sufoca a cada minuto que passava dentro daquela sala. Eu não quero ficar aqui nenhum segundo a mais, não tinha como prestar atenção em qualquer coisa enquanto ela permanecia em meus pensamentos.

As coisas entram e saem pelos meus ouvidos sem que eu possa interferir.

Minha cabeça está bem longe da realidade. O que aconteceu horas atrás tinha me destruído, estava acabado como nunca estive.

De uma forma estranha pensamentos impróprios que beiravam a insanidade me rondam constantemente, coisas que jamais havia pensando relacionado a minha mulher. Existia um antes e depois, eu não sabia distinguir qual das duas "Viollet" eu estava apaixonado.

A adorável esposa ou a vagabunda devassa.

Viollet tinha brincado comigo, jogado pesado como se eu fosse um brinquedinho em suas mãos. O que ela quer de mim?

Solto a caneta lentamente em cima do papel, não consigo prestar atenção em absolutamente nada. Concordo balançando a cabeça quando acabou aquela apresentação. Hoseok abriu a boca e não soltou nenhuma gafe, afinal de contas, contava com seu profissionalismo enquanto eu estava sendo o babaca inconsequente dessa vez.

A silhueta da mulher que insiste em permanecer nos meus pensamentos. Quem era ela? Quem era aquela mulher?

Nunca tinha me sentido daquela maneira, ela sabia exatamente o que estava fazendo. Eu a odiava! Odiava a nova Viollet na mesma intensidade que a amava. Como poderia me deixar em saia justa com o meu melhor amigo, porque ela queria interferir até no meu trabalho.

Maldita Viollet!

Eu quero pragueja-la em todos os idiomas, enquanto ela pode ficar de joelho no meio das minhas pernas.

Coloco minha mão no bolso, pego meu celular e vejo a sua foto na proteção de tela. Como aquele sorriso encantador tinha se tornado o motivo da minha desgraça? Os olhos tão serenos enquanto me olhava parece amável demais, tão diferente daqueles que me desafiam.

Me pego excitado em uma sala com 12 homens enquanto falam de dinheiro.

Respiro fundo, conto de um a dez mentalmente enquanto tento olhar para o outro lado. As luzes da cidade acessas enquanto o céu já estava completamente escuro. Deveria estar com ela...me sentir ansioso para chegar em casa e encontrá-la durante a noite, escutar qualquer coisa que tinha pra me falar, mesmo que fosse alguma fofoca idiota das suas amigas. Eu deveria ter dado importância para os mínimos detalhes, os sinais que foram jogados aos poucos e eu não captei, agora, pagava caro por isso. E não era pela carência sexual, isso eu poderia ter na rua, no templo, pagava caro pela carência emocional, o companheirismo. Talvez, eu não soubesse o quanto me faria falta aquela mulher, de todas as maneiras existentes.

O final da reunião é anunciado com aqueles apertos de mãos, tapinhas nas costas e um coquetel sendo servido por belas modelos. Bom, nem todos tinham modelos. Mas, quando se tratava de reuniões com Taehyung, elas sempre estavam lá prontas para fazer qualquer um dos negociadores mudarem de ideia.

Ele sorri em minha direção, levanta o copo de conhaque e se aproxima lentamente. Eu estou furioso por dentro, queria jogá-lo da primeira janela que pudesse. Mas, o que eu posso fazer em relação a isso? Nada!

O conhecia muito pouco, porém era o suficiente para saber com Viollet anda querendo se meter. Confesso que sentia inveja daquele homem, o que eu sou perto dele? Absolutamente um nada.

A questão é que Viollet encontrava nele o que não tinha em mim. É isso me faz perguntar... o que ele tem que eu não tenho?

Sou mais jovem, bonito, tenho todo o tempo do mundo para minha mulher, sou dedicado no nosso casamento. O que aquele homem teria a oferecer para Desiré, que eu não poderia oferecer? Aliás, eu a amo genuinamente.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora