Capitulo 94 - I Can't Take No More

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Uma luz branca quase cegante me faz erguer a má rapidamente e levar na frente dos olhos, meu braço tem uma limitação. Atordoada com o lugar desconhecido, levanto o tronco rápido e tento me situar.

Minha respiração acelera e meu peito dói em uma intensidade que nunca havia sentido na vida. Olho aquele catete preso em minha veia, as paredes brancas e agonizantes de um hospital e no canto daquele quarto o homem que olhava para as próprias mãos, agonizando em silêncio em uma ansiedade que não o deixa em paz. É notório, a perna balançando frequentemente.

Eu perdi minha voz, tento falar e o ruído rouco o fez erguer o rosto em minha direção.

Me sinto sufocada, meu coração dói a cada batida e minha cabeça lateja.

Ele levantou da poltrona e chamou o médico fora daquele quarto. A respiração descompassa, os flashs do que aconteceram depois me causam uma cegara ao ponto de tentar gritar e nada sai da minha garganta, tento puxar aquele acesso e meu corpo pesa ao ponto das mãos formigarem. O rapaz tenta me acalma, corre na direção da cama e segura meus ombros me fazendo encostar novamente.

- Viollet, tenha calma. -sua voz soou pacientemente, balanço a cabeça negativamente. - Você precisa se acalmar. -seus olhos grandes me encaram.

- Onde ele está? -minha garganta dói.

- Ele quem?

- Seu irmão. -levo minha mão direita até a garganta que arranha por dentro. - Taehyung.

- Viollet, eu preciso que mantenha a calma. -segura minha mão direita, antes que continuasse a falar o médico adentra ao quarto. Olha a prancheta ali aos pés da cama, e pede para Jungkook se afastar.

Os olhos penosos da enfermeira me deixa apreensiva, a dor aumenta, não apenas em meu peito, meu útero dói como uma cólica que me faz contorcer o tronco.

- Senhora Hantzis. Acalme-se por favor. -a enfermeira injeta algo dentro do soro, enquanto permaneço ali. Sem entender porque eu estava em um hospital...

Tudo é confuso. Lembro-me de ter chegado em casa, lembro das coisas que aconteceram como maldito flashs de um pesadelo ruim.

- Meu casamento.

- Mantenha a calma senhorita. -o médico ameniza. - Você precisa se acalmar, tudo dará certo.

- Eu...

- Se você não ficar calma, vai acabar afetando o bebê. Esse nível de estresse nesse período.

- Bebê? Eu não tenho bebê. Eu estou tomando pílulas, não estou grávida.

- Aa pílulas anticoncepcionais não influenciam em nada quando existe já um óvulo fecundado.

A dor aumenta um pouco e eu levo as mãos até em cima do ventre.

- Está sentindo algo? -indaga. A precisão ao aferir a pressão, e checar os batimentos cardíacos aumenta um pouco minha apreensão. O pânico é eminente. - Tente respirar. Me acompanhe. Inspira e solta devagar pela boca. -ele demonstra como fazer e me pede pra acompanhá-lo. Segurou em minha mão enquanto faz a respiração, e começa a fazer perguntas menos invasivas.

Assimilar o que ele havia falado com aquela cólica, não fazia sentindo. Não era possível, que isso pudesse acontecer... não agora.

- Meu casamento. -repito. - É amanhã. Eu preciso sair daqui.

- Você precisa manter a calma, Viollet. -a voz de Jeon adentra em meus ouvidos. - Vai acabar trazendo mais problemas.

- Aparentemente está tudo ok! A pressão está estabilizada. -ele fala para Jeon como se fosse o responsável por mim. - Você precisa mantê-la calma. O ataque de pânico que ela teve causou um deslocamento na placenta, não é bom nesse período.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora