Hardcore Man

Capítulo 40 - Under the influence

POV KIM TAEHYUNG

Ela me faz sentir um comichão um pouco mais abaixo do meu peito. Sentia aquele arrepio tão gélido começar dos dedos dos pés, subir em minhas pernas e se instaurar nas costas, causando um frenesi quase impossível de ser controlado.

Meu peito perpetuava a sensação de que minha vida estava saindo do controle, como se não conseguisse voltar a ser o homem que era antes de conhecê-la. Já não sabia se isso era bom ou ruim, se aquela obsessão tivesse se tornado tão letal ao ponto de me arruinar por completo.

Não tinha passado um dia se quer longe da minha cabeça, ela era como um fantasma que me atormentava a cada segundo, que tinha o prazer de me fazer perder as estribeiras e cometer loucuras que jamais fizera antes. Porque, meu coração ficava tão quente e sereno ao ouvir a sua voz, e porque meu pau parecia ter sido escravizado por ela, ao ponto de não conseguir encostar se quer em uma outra mulher.

Viollet tinha me tornado irreconhecível. Um homem completamente apaixonado, sem saber como reagir a todas as sensações que me causava. Eu não queria aceitar que aquela mulher tinha me rendido com tão pouco, me feito prisioneiro de suas vontades, escravo dos seus desejos.

Rendido aos caprichos da morena, alucinando com seu cheiro, mesmo longe dela poderia sentir algumas vezes o seu perfume pairando sob o ar. Como uma maldita alucinação, e logo me vinha a vontade de tocar em sua pele, sentir a textura macia embaixo dos meus dedos e deslizar sobre ela com tanta devoção.

Desejava que Desiré partisse meu coração e me afastasse de uma vez da sua vida, só para não me degradar ainda mais em meus próprios sentimentos.

Eu tentei ocultar tudo aquilo, tentei esconder de Viollet o quanto estava aos seus pés. Mas, a mulher era bem mais esperta do que imaginava, ela sabia exatamente como me ganhar e principalmente como arrancar todas as palavras que queria da minha boca. Perigosa, me fez parecer um idiota, me fez questionar se era o homem ideal pra ela inúmeras vezes.

E por deus! Eu passei quatro dias com aquelas palavras em minha cabeça, martelando todas as vezes que pensava nela.

- Devemos reconsiderar, você não será um bom mestre. Eu tenho outras opções.

Aquilo me desmoronou. Atiçou um lado que não queria despertar, um lado ensandecido que ocultava quando me sentia aborrecido com ela.

Não gostava de ser contrariado, muito menos desafiado. E ela me deixa assim constantemente inseguro.

E uma bandeira vermelha, um homem do meu porte deveria abandonar o barco antes que afundasse. Mas, a minha situação era tão crítica quanto os músicos que tocavam no convés enquanto o titanic afundava.

Malvada, gostava de se expor nos últimos encontros, de receber atenção demasiada de outros homens só pelo prazer de me ver fervilhar de raiva. Ela sabia que Park Jimin, não era um problema, para mim, ele era a solução. Quando não conseguia lidar com o furacão que era Viollet Desiré, o mais novo sabia como resolver a situação. E exatamente por isso, adquiri um novo hobby, um passatempo nocivo apenas para se sentir desejada.

Minhas palavras já não eram o suficientes para alimentar o seu ego, ela queria que fôssemos mais além. Provocou outra vez sobre ser
o seu mestre, me pisou pedindo para ser punida por duvidar das minha habilidades e depois jogou novamente a mesma frase que me assombrou. Ela tinha opções, convites e agora, começou a ganhar presentes de forma anônima.

Para ela, não fazia a mínima diferença se estavam interessados apenas em foder. A curiosidade em saber o motivo de tantos homens estarem aos seus pés a deixava inquieta. Claro, era o típico caso de uma mulher retraída por tanto tempo que não conhecia o próprio corpo, agora, liberta de todos as restrições, brilhava radiante em um mundo repleto de predadores.