Ao meu Anjo da Guarda

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Tenho pena de ti, meu anjo

Designado a tal frívolo ser

Odioso que nem se pode ver

Quantas quedas não aparaste

Quando devias deixar cair

Quantas lágrimas não secaste

Quando devias deixá-las fluir

Esse filme não tem fim

Sempre o mesmo enredo

A mocinha morrendo de medo

Em um compilado de cenas ruins

Oh anjo!

Tens vergonha de minha pena?

Te és justa tal sina?

O desespero que lancina

Diante da esperança tão pequena

Oh anjo!

Tens vergonha de mim?

Vivendo a fogo e ferro

Perguntando-se

Por que sempre erro?

Oh, anjo escondido

Será que sonhas com louros?

Júbilos encantadores?

Fáceis louvores?

Desejos vindouros?

Meu querido guardião

A quem nunca vi a face

Da escuridão

Queria que me tirasse

Mas sei que não será assim

E no escuro contemplo com dó

O ser etéreo e tão só

Que vela por mim

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora