Demônio Maneiro

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Assim vieste como quem não quer nada

Despreocupado

Os ombros acanhados

Assim vieste para minha jornada

Oh, pequeno demônio faceiro

Encantaste-me com teu riso maneiro

Encheste-me os olhos de doces floreios

E o coração de pérfidos devaneios

Ouço tua voz em minha mente

Ecoando feito uma promessa perdida

Vejo teu rosto de repente

E assim se vai a calmaria por mim tão querida

Palavras hábeis gotejam de tua boca

Adormecendo minha sensatez

Acho que estou ficando louca

Não é a primeira vez

Assim vieste cantar

Sobre o cair da noite insana

Assim vieste dançar

Sob a pele desta criatura mundana

Assim vieste pegar

O suspiro que de meus lábios emana

Zombas de mim

Exibindo tua bela casca

Logo chegará ao fim

Esse conto de ilusão e desgraça

Vai-te embora, demônio lisonjeiro

Vá para a terra dos adormecidos

Faças de lá teu sublime canteiro

De onde brotam os corações partidos

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora