Poeta Decadente

7 1 0
                                    

Eu sinto a tua falta
Nas horas vazias
De uma noite morta
Não estás aqui
Fazendo-me companhia

Os ratos saem para dançar
De minha sanidade começo a duvidar
Os devaneios cegos pesam mais
Numa balança que só eu consigo enxergar

A chuva tilinta lá fora
O calor foi-se embora
Espere um pouco...
O temporal não vai passar
Pois minh'alma é quem chora

Suplico-te
De joelhos
De mãos atadas
Possuas este cadáver iludido
Sem ti não sou nada

Não sei viver fingindo
Máscaras de pedra esculpindo
Para rostos de vidro agradar

Não sei viver fugindo
Estou caindo!
Num abismo que não sei onde vai dar

Me salvas!
Me curas...

Um murmuro entre gritos
Meu sopro de martírio
Uma verdade afogada em ilusões
Lá está o ninho
Construído por espinhos
Que despedaça corações

Desafio-te a encarar
Com teu lindo rosto
A criatura que em tua direção caminha
E entre rimas e linhas
Não te esquece
E de desgosto padece

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora