Platônico

3 1 0
                                    

Eu não sabia

Que você existia

Mas agora que te conheci

Decidi fazer de ti poesia

A criatura favorita do Homem de Areia

Que por meus sonhos vagueia

Brinca com a sensatez

Transformando a realidade em languidez

Agora você saltita entre meus versos

E meu ser fica assim tão disperso

Não ouço nada... Não vejo nada

Eu confesso...

É o seu nome que eu sussurro na madrugada

E cá estou eu toda risonha

Contemplando sua face

Almejando que tangível se tornasse

O que quer que eu componha

Será que sou tonta?

Se sou, não me dei conta

O que conto são as horas

Que passo contigo, sem demora

Aos poucos você vai tomando forma

Em meio a essas estrofes musicais

Vai rabiscando e mudando a norma

Deixando pelo caminho o que não serve mais

Será que isso é real?

Eu sei que não

Mas é de uma beleza trivial

Que até me faz perder a razão

Sentimento confortável

Por esta criação é responsável

A cada rastro de tinta

Perpetua tua imagem tão distinta

Você nunca morrerá!

O que não posso tocar

Minha fantasia reclama

O que não posso falar

Por dentro já virou chamas 

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora