Tortuosa Jornada

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Nadando em um rio de águas escuras

Onde a vida já pereceu

Mantendo a postura

Buscando o sol que se escondeu

Avançando entre as ondas frias

Tento não fraquejar

Fugindo de figuras sombrias

Que para baixo tentam me puxar

Avisto um vulto

Na penumbra está oculto

Apesar da silhueta disforme

Em deboche ele canta meu nome

Ouço seus risos

Tão pérfidos quanto o guizo

De uma víbora silenciosa

Destilando o veneno

Observando o último aceno

Da vítima escandalosa

Meu peito sôfrego

Aspira em desespero

Agitando os braços ligeiros

Anseio por um pouco de sossego

Os raios de sol

Contornam as nuvens cinzentas

Quem é que vencerá

Essa batalha cruenta?

Ás margens do rio vejo um espantalho

Todo em frangalhos

Ele dança com o cântico maldito

Eu devia saber

Já estava escrito

Por uns momentos afundo

Podendo ver o breu

E no vazio, moribundo

Encontro o que se perdeu

As águas se agitam

Consigo ver o fim

Meu âmago grita

Vislumbrando a torrede marfim

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora