À Melancolia

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Cai a chuva lá fora

E aqui dentro esta goteira

Pinga... Pinga

E não vai embora

Barulhenta

Feito os trovões de uma tempestade

Quieta

Muito quieta

Feito uma tumba esquecida na eternidade

Divaga

Devagar

Amarga

Disfarça

Continua a rastejar

Afaga, arranhando

E tudo é triste

Vive, matando

E nada mais existe

Nada

Um sono sem sonho

Numa cama de pedra

Um sorriso medonho

Exposto sobre esta esfera

Um caminho de espinhos

No escuro ferve

Um ninho vazio

O frio penetrando a epiderme

Eles riem

Eu já não vejo graça

Eu padeço

Eles saboreiam minhas desgraças

Barulhenta tormenta

Atormentando esta alma violenta

Violentando esta mente sedenta

Secando as alegrias

Embebedando as amarguras

Por que tão dura?

Quieta

Muito quieta

Está mesmo aqui?

Esperta

Não tenho para aonde ir

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora