Maldições

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Maldito seja o dia

Em que meus olhos caíram sobre ti

Momento de fugaz alegria

Ainda me lembro de como me senti

Maldito seja o coração que apanha

Implode e ninguém vê

O que queima em minhas entranhas

Para outros é doce alvorecer

Maldita seja tua voz

E teu encabulado sorriso

A velha dor feroz

Dera-me o inaudível aviso

Há tempo para maldições

Quando as desilusões

Tecem fios de brilhantes

Acorrentam o destino

Condenam a pequena ignorante

Maldita seja a vida

Que não escolheu a mim

Assisto excluída

A ciranda dos querubins

Maldita seja a história

Da boneca quebrada

No fim não há glória

Quanto muito, mais nada

Maldita seja a beleza

Que vejo tão distante

Nunca tive a destreza

De alcançá-la por um instante

Sempre há tempo para maldições

Quando velhos sermões

Não aplacam a dor que mora aqui

Malditos sejam os sentimentos

Pois eu ainda me lembro

De quando meus olhos caíram sobre ti 

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora