Anjo Enferrujado

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Diga-me qual é o nome do teu tormento

E te direi qual é o teu acalento

Oh, pobre anjo caído

Cercado de anseios perdidos

Exalados por corações poluídos

A ti não deram ouvidos

Querido ser alado

Caminhas cansado

Fugindo dos espinhos

Deste jardim sem cor

Eu te vejo chorar

Sinto o teu pesar

Faço de tua a minha dor

Poeta incompreendido

Amigo da solidão

Inimigo dos dias quentes

Cujos quais incendeiam tua inspiração

Eu te vejo assim tão hirto

Com tuas asas intactas

Empoeiradas

Almejando elevar este coração aflito

As engrenagens paradas

Tremeleando durante o burburinho

Vozes inquietas... Incertas

Atrapalhando teu caminho

Diga-me a cor de tuas tristezas

Diga-me a forma de teus devaneios

Conte-me que do céu queres roubar o infinito

E das aves o gorjeio

Estás há muito aqui, meu anjo

Nesta terra de errantes

Onde o tempo é um ébrio

Cambaleando pelas linhas inconstantes

Retire a poeira

Deixe gotejar

E assim como numa brincadeira

Tu voltarás a voar

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora