Recomeço

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Ninguém ouve o som do orvalho

Caindo sobre a grama

Ninguém vê o rosto por trás do relicário

Nem o sentimento que inflama

A lua ainda brilha

Mesmo escusa entre as nuvens sombrias

No violão ainda se dedilha

A suave melodia

A vida pulsa

No seio da fria morte

A canção soa avulsa

Solta à própria sorte

Os pecados se revelam

Cansam de punir

As lágrimas cessam

Outra coisa tenta emergir

O fogo purifica

As brasas reluzentes

Ascendem

Tudo se intensifica

O mundo não para de girar

O fim volta ao começo

O equilíbrio transforma-se em tropeço

E eu assim padeço

Até tudo reiniciar

O ciclo nunca termina

Pois é, meus amigos

Encarem esta sina

Venham caminhar comigo 

Pensamentos, Sentimentos e TormentosOnde histórias criam vida. Descubra agora