Maya Matthews, herdeira do trono Narniano, conhece os Pevensie, irmãos que junto à ela lutam para salvar Nárnia. Nesse mundo mágico eles vão se descobrir, vão brigar muito, vão passar por poucas e boas. Será que eles são capazes de enfrentar tudo is...
O último mês foi insuportável, eu só vejo os Pevensie (fora o Peter) em alguns dos intervalos, principalmente agora que eu tô tentando fazer o conteúdo entrar na cabeça de Peter, estamos tendo que estudar muito mais do que estudaríamos se ele prestasse atenção na aula.
Mas vamos ficar aqui um pouco mais, tomando café da tarde com os irmãos dele. Na cantina tinha alguns bolos e tortas, pães de diferentes tipo, alguns frios como presunto, mussarela, peito de peru, além das deliciosas bebidas que eles fazem aqui, pra hoje escolhi um pão de 3 queijos com presunto e mussarela, também peguei um chocolate quente por causa do frio.
- Gata, a sua cara de princesinha engana todo mundo, olha o quanto você come. - disse Ed.
- Eu tô em fase de crescimento, não enche. - reclamei e voltei a comer.
- Sua fase de crescimento acabou faz tempo, Matthews. - comentou Peter.
- Ah, não me encham, me deixem comer em paz.
Enquanto os irmãos conversavam, eu comia e aproveitava a companhia deles porque logo, logo eu estaria com Peter em uma biblioteca gigante rodeada por livros e me estressando enquanto ele faz brincadeiras ao invés de prestar atenção. Esperei até que eles tivessem terminado de conversar pra me despedir e ir para a biblioteca.
- Então, meus lindos, agora eu tenho que ir pra biblioteca estudar. - dei um beijo no topo da cabeça de cada um. - Até mais!
- Eu vou estudar também. - disse Peter e eu parei para espera-lo.
- Você, estudando? Peter você tá bem? - disse Ed irônico.
- Estou bem e pretendo continuar vivo, não tenho medo da Matthews, mas sei que ela seria capaz de me matar. - Ele disse e foi atrás de mim com sua mochila, ele fez algo que eu odeio, colocou o braço em volta do meu ombro, eu odeio, mas dessa vez eu deixei.
Nós passamos horas na biblioteca, acabou que perdemos o jantar. Fazer Peter entender o mínimo de matemática, física, química ou qualquer outra coisa é como uma tortura pra mim, mas eu quero que meu histórico continue perfeito, então ele tem que aprender tudo isso, nos trabalhos que fazemos é mais simples, eu falo o que tem que ser feito e ele faz, garantindo uma nota boa pra nós dois. Passamos tanto tempo na biblioteca que eu acabei adormecendo por cima dos livros.
*Peter POV*
- Matthews, eu não entendi isso... - olhei e ela estava dormindo, debruçada sobre os livros.
Mas ela estava tão linda daquela forma, éramos os únicos na biblioteca, ela é a única louca que faz os outros estudarem até tarde. Eu nunca vi a Maya daquele jeito, ela sempre é durona e intelectual (a não ser com Ed, que ela fica toda engraçadinha flertando com ele, me irrita e eu não sei o motivo), ali ela parecia frágil e indefesa, não que ela fosse indefesa e aí de quem não sabe disso. O fato é que ela é a garota que tem o meu coração, eu sou dela já faz muito tempo, uns 19 anos se formos contar o tempo em Nárnia. Eu tirei uma mecha de cabelo só rosto dela, passando por trás da orelha e disse:
- Sabe Matthews, eu acho que meu coração está começando a errar umas batidas por você. - eu disse baixinho, ela estava dormindo, não tem como ouvir.
Mas ela virou o rosto pro outro lado, o que me assustou e muito, será que ela ouviu? Mas eu percebi que ela estava dormindo profundamente, nem uma explosão ia acordar essa menina naquele momento. Troquei de lugar, pra poder admirar aquele rosto que parece ter sido esculpido por anjos mais um pouco. Não sei como ela consegue ser tão linda daquele jeito, não tem um dia em que ela não roube todo o ar dos meus pulmões, só que não posso deixar isso transparecer, ela nem gosta de mim, gosta do meu irmão. Decidi que eu iria parar de pensar naquilo, eu iria levá-la até o quarto e depois iria até o meu pra dormir.
Arrumei nossas coisas em nossas mochilas e as coloquei em cima da mesa. Peguei ela e coloquei por cima do meu ombro direito, até que ela não é pesada, não estávamos mais de uniforme quando fomos até a biblioteca, ainda bem que estava frio e ela estava de calça, seria ruim carrega-la no meu ombro se ela estivesse de saia, o que dificultaria as coisas. Peguei nossas mochilas e fui em direção ao alojamento feminino.
*Maya POV*
Eu acordei sendo balança, quando abri os olhos eu percebi que estava sendo carregada por alguém, mas percebi que era Peter e fingi que ainda estava dormindo, ainda faltava um longo caminho até meu dormitório e eu estava com preguiça de andar até lá. Peter colocou as mochilas perto da porta do meu dormitório(ele achou a chave na minha mochila) e me colocou com jeitinho na cama, parece até o que ele sempre fez com a Lucy. Ele deu um beijo na minha testa e disse:
- Boa noite, Maya Matthews!
- Boa noite, Peter Pevensie! - eu disse, dei um beijo na bochecha dele e me virei.
Ele ainda ficou alguns segundos ali no quarto, acho que era tentando absorver a informação ou tentando se conversar de alguma coisa, eu não prestei muita atenção, pois logo eu estava dormindo de novo, e depois desse nosso breve momento, com certeza minha noite seria boa.
*Peter POV*
A única coisa que passa pela minha cabeça desde a noite passada é "ela ouviu o que eu disse na biblioteca?", eu decidi que iria perguntar, não custa nada. Eu já estava sentado com Ed na mesa, esperando por elas, até que ela chegou saltitante, enquanto Susan e Lucy ainda tentavam acordar. Quando ela chegou, me deu um beijo na bochecha, deu um beijo no topo da cabeça de Ed e se sentou ao lado dele.
- Bom dia, meninos.
- Bom dia, Matthews.
- Bom dia, gata, tá de bom humor em. - disse Ed.
- Sim, fingi que tava dormindo ontem e fui carregada até minha cama.
- Na biblioteca você tava quase em coma menina, nem fazia barulho. - eu disse.
- Eu acordei no meio do caminho, faltava muito pra chegar no quarto e já que você estava me carregando eu aproveitei a carona. - ela disse rindo.
- Não te carrego mais. - eu disse brincando.
Depois disso, conversamos e brincamos, mas tudo voltou ao normal, eu e a Matthews mais brigávamos do que qualquer coisa, mas estava bom assim, ninguém sabia de meus sentimentos e assim deveria continuar.
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