Capítulo 17 - A Ilha Negra

44 5 0
                                    

Haviam-se passado duas horas desde o amanhecer, todos estavam bem alimentados e prontos pra ir em direção a Ilha Negra. Quanto mais nós aproximavamos da Ilha, mais o céu escurecia.

- Que acham que tem lá? - perguntou Tavros em um tom preocupado.

- Nossos piores pesadelos. - Disse Ed.

- Nossos desejos sombrios. - Disse Cas.

- Maldade pura. - Disse Drinian. - Tavros, abra o arsenal.

- Milorde. - Tavros fez uma curta reverência e saiu.

- Arqueiros, se preparem! - Gritou Drinian.

- Sim, capitão! - eles gritaram de volta.

- Acendam os lampiões. - Gritou Tavros e os marinheiros começaram a se organizar.

- Vamos nos preparar. - disse Caspian e fomos para nossas cabines.

Trocamos de roupa e pegamos nossas armas, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo pra evitar que ele me atrapalhasse. Lu ainda estava se arrumando e Gael estava nos observando.

- Quando eu crescer, eu quero ser igual a vocês. - disse Gael e aquilo derreteu meu coração, vi Lucy indo em sua direção então as olhei de longe.

- Quando crescer, deve ser exatamente quem é. - disse Lu a abraçando.

- Gael, querida. - eu comecei me agaixando em frente à ela. - Eu quero que me prometa que se algo acontecer depois que entrarmos na Ilha você vai se esconder lá embaixo e só vai sair quando alguém for te buscar, não sabemos o que devemos esperar, então precisamos saber que está a salvo.

- Tudo bem, eu prometo. - ela disse e eu a abracei rapidamente.

- Vamos! - me dirigi até a porta e a abri pra que saíssemos. Depois de elas saírem fechei a porta e me direcionei ao centro do convés, ficando ao lado de Edmund.

- Haja o que houver, cada alma diante de mim conquistou seu lugar na tripulação do Peregrino da Alvorada. - Começou Caspian no alto da escada que levava ao leme. - Juntos, navegamos longe. Juntos, enfrentamos perigos. Juntos, vamos vencer outra vez. Não é hora de cair nas tentações do medo. Sejam fortes! Não se rendam! Nosso mundo, nossa vida em Nárnia depende disso. Pensem nas almas que viemos salvar. Pensem em Aslan. Pensem em Nárnia. - ele começou a descer as escadas, era perceptível o desespero, o medo e a preocupação em seu tom de voz, não precisei dos meus poderes pra perceber isso. Algo inesperado por ele aconteceu, todos começaram a gritar pra dar forças uns aos outros.

- Por Nárnia! - eu gritei

- Por Nárnia! - os marinheiros gritaram.

- Por Nárnia! - os irmãos Pevensie gritaram.

Finalmente chegamos à ilha, se não fossem os lampiões estaríamos nun completo breu. A névoa estava ainda mais forte e ela deixou a maior parte da tripulação um tanto desorientada. Mas todos resistiram a ela.

Quando chegamos próximos a enormes pedras ouvimos gritos não tão distantes e tentamos procurar a fonte desses gritos.

- Vão embora! - uma voz que parecia ser de um homem repetiu pelo menos três vezes.

- Quem está aí? - perguntou Ed.

- Não temos medo de você. - Caspian Gritou.

- Nem eu de vocês. - a voz gritou de volta.

- Ed, a lanterna. - eu disse e Ed a ascendeu, fazendo sua luz percorrer vários lugares daquela enorme vastidão, até ela parar em um homem que usava roupas em péssimas condições, tinha sua barba por fazer e uma feição de esgotamento.

Maya Matthews In Chronicles Of Narnia ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora