Capitulo 12- Rhysand

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(não se esqueçam de comentar e votar isso ajuda demais a incentivar a autora a continuar postando, boa leitura)

Fazia uma semana, uma semana desde a reunião com Feyre, Mor e Amren, e fazia uma semana que Feyre ia do apartamento para a galeria, da galeria para a empresa, trabalhando e trabalhando. Tinha oferecido a ela uma sala no escritório, ela recusou, disse que preferia ficar na área comum, com os outros designers. Ela não falava muito, muito menos sobre seu relacionamento com Tamlin. Apenas quando Mor, Cassian ou até mesmo Azriel a visitavam enquanto ela desenhava e trabalhava que ela interagia.

Eles haviam se dado bem, graças aos deuses, como não gostariam de Feyre?

Mas eu percebia... o receio dela em relação ao grupo, em relação a se permitir aproximar, ela havia me perguntado alguns dias atrás se ela de alguma forma mancharia a minha imagem e minha vontade era ligar para Tamlin e gritar com ele, porque eu sabia que aquilo era coisa dele e daquela empresaria dele, mas eu apenas respondi a Feyre que se ela quisesse começar a andar de lingerie pela empresa, que ela ficasse a vontade, Feyre me expulsou da sua área de trabalho quando deixei implícito que gostaria de vê-la assim.

E eu também via, como o celular dela, mesmo que no silencioso, vibrava a cada momento, ligações de Tamlin eu podia apostar, mas ela não revelava nada, não desde o dia em que conheceu Azriel e Cassian.

E não estava disposto a vê-la afundar as magoas no trabalho, mesmo que eu ja tentasse acorda-la, fazer ela viver um pouco, ela se recusava, até mesmo quando a provocava ela não respondia mais com aquela mesma malícia do dia da galeria e do dia depois que tudo aconteceu, como se com o passar dos dias a tivesse deprimido mais. Queria socar Tamlin por ter feito isso a ela, porque eu sabia como era estar exatamente naquela situação. Então nem que eu tivesse que arrastar Feyre para longe daquela empresa, eu a faria sair, viver um pouco.

Por isso eu agora batia na porta de seu apartamento, passos soaram e então um clique e a porta abriu. Ela estava com os cabelos castanhos mel soltos, calça de moletom cinza e um suéter azul claro que aparentemente estava sujo de tinta, assim como suas mãos. Linda.

-Ocupada?- pergunto indicando o apartamento atrás de si.

-Pintando, Mor me enviou algumas das estampas que mais gostou e pediu para que eu as pintasse- fala enquanto limpava as mãos no suéter.

Tínhamos escolhido as estampas que protagonizariam a coleção, seriam as pinturas noturnas, todos concordávamos que eram as mais bonitas. E com Feyre mergulhada em trabalho, as coisas estavam fluindo muito bem. Emiti um estalo com a língua.

-Então é melhor se limpar, vamos sair-

-Não, não vamos, tenho muito trabalho a fazer- diz e faz menção de fechar a porta, coloco um pé impedindo.

-Você está trabalhando demais, e eu falo isso como um cara que também trabalha demais, então hoje, eu vou te levar pra um lugar que sei que vai gostar- tento, dando um passo em direção dela, seus olhos azuis cinzentos me encaram.

-Eu acabei de terminar um relacionamento, não pega bem eu sair com você, principalmente se for só nós dois- ela diz.

-Você não esta mais com ele, então tem liberdade de sair com quem quiser e quando quiser, além do mais que não a estou chamando pra um encontro romântico, eu juro- eu argumento, mesmo supondo que ela sabe muito bem disso e que na verdade, ela está preocupada com os paparazzi e com que os outros vão pensar.

-Eu, eu preciso ocupar a minha mente, de... de tudo, então se eu sair para deixar que minha mente vague por esses lugares eu prefiro ficar aqui- ela admite e desvia seus olhos do meu. Percebo que foi um esforço a ela dizer aquelas palavras, que era um pouco da verdade de seu coração, uma súplica para que eu a deixasse em paz.

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