Real World - ACOTAR Feysand

Capitulo 31- Feyre

(não se esqueçam de comentar e votar isso ajuda demais a incentivar a autora a continuar postando, boa leitura✨)

Ver os modelos desfilando pela passarela com as roupas que havíamos produzido foi simplesmente mágico. A forma como cada peça se completava com os modelos, como a diversidade dos tons de pele, peso e cultura deles ajudava a dar personalidade as roupas era incrível. Uma beleza que só quem vivenciava poderia entender.

Aquilo...aquilo era arte. De uma forma distinta mas era. Tão bela quanto todas as outras.

Ver as minhas estampas naquelas roupas, sendo usadas por pessoas tão lindas e talentosas enquanto outras dezenas assistiam admiradas me trouxe uma sensação diferente de tudo que já havia sentido. Um orgulho de mim mesma se instalou no meu peito junto com a certeza de que meu dever estava cumprido. Eu sabia que essa sensação era espelhada em meus amigos -nas lágrimas de Mor- e em todos os outros funcionários da Velaris. Segunda ia ser dia de comemoração na empresa.

Porque eu tinha pendências a resolver, e uma delas era a oferta de emprego.

Pois Rhys tivera razão em pelo menos uma coisa noite passada, eu queria continuar. Queria continuar indo ao escritório quase todos os dias e tomar o café da maquina, queria almoçar na cafeteria e ter conversas eventuais com os outros funcionários. Queria tudo aquilo.

E eu sabia que eu poderia dar um jeito com a galeria, não sabia como ainda, mas podia dar. Talvez contratando um ajudante ou aumentar minha carga horária mas eu podia dar um jeito. Porque maior que o meu medo de falhar era o de me privar novamente das coisas que eu gostava, das coisas que eu almejava.

Eu já havia permitido isso uma vez, deixei que Tamlin me afastasse do meu trabalho porque o medo da rejeição era maior. Mas agora eu podia tentar.

Ninguém me tinha, mas eu podia ter tudo que quisesse, se ousasse.

E eu não estava mais sozinha e podia me permiti falhar de vez em quando. Sabia que não seria julgada por isso.

E mais que minha relação com Rhys, eu resolveria isso hoje. É por isso que pouco tempo antes de terminar o desfile eu sussurrei para Rhys.

-Ainda estou com raiva de você, por me ignorar. Temos que conversar- ele para seu crédito, apenas sussurrou de volta.

-Eu sei-

Então logo depois que o desfile se encerra e todos na plateia se levantam para bater palmas. Rhys me estende a mão e me guia por entre a multidão até uma porta do outro lado do salão que acaba de ser aberta e dessa vez, quando vejo a área externa, eu não contenho um suspiro.

O lado de fora estava decorado lindamente. Apesar do espaço ser ao ar livre, vigas de madeira ficavam acima de nossas cabeças com raminhos de rosas noturnas se espiralando. As luzes aqui se focavam na grande pista central que igual a todo o salão tinha o piso de vidro que cobria uma piscina enorme que não nos permitia ver nada á baixo, apenas pequenas luzinhas brancas. Era como andar no céu estrelado.

Também tinha um bar e mesas que seguiam essa mesma pegada. A sacada enorme onde tudo isso estava exposto dava até um parapeito onde era possível ver a margem do Sidra -não havia reparado que estávamos tão perto do rio- e era possível ver a ponte ao longe. A noite estava ainda mais bela aqui, com a luz da lua refletida no rio. Tudo estava impecável.

Aqui, Rhys era a Noite Triunfante e eu... eu era a Eternidade das Estrelas. Se ele era escuridão doce e aterrorizante, eu era a luz reluzente revelada apenas pelas sombras de Rhys.

De fato. A Queda Das Estrelas.

Não existia nome que poderia definir melhor aquilo.

E por algum motivo, me lembrei de um quadro qual eu havia pintado semanas atrás, com montanhas, estrelas e luzes.