Capitulo 22- Feyre

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(não se esqueçam de comentar e votar isso ajuda demais a incentivar a autora a continuar postando, boa leitura)

Eu estava completamente suja de tinta, minhas mãos estavam manchadas e provavelmente o suéter que eu usava agora não sobreviveria para viver um outro dia.

Eu pintava na sala do meu apartamento, havia pego alguns materiais da última vez que visitei a galeria e trago para cá. Todos os móveis estavam cobertos para que eu não os sujasse mas a iluminação era tão boa aqui de manhã que não havia resistido.

Hoje era meu dia de folga, não trabalhava nem na empresa, nem na galeria. Havia pensado em ir mesmo assim ao escritório para ajudar na loucura de faltar tanto pouco tempo para o desfile de lançamento da coleção mas havia desistido logo quando acordei. Eu tinha levantado especificamente inspirada e então agora estava, aqui na sala pintando a luz da manhã.

Os últimos dias depois da noite em que eu contei tudo a Rhys havia sido bastante calmos,
eu me sentia mais tranquila também, era como se ter falado aquilo em voz alta tivesse relaxado algo em mim, tirado um peso. Não havia esquecido em momento algum de que Rhys sabia de tudo mas eu não temia que ele fosse contar a alguém. Nossa relação não tinha mudado em nada, ele não me tratava como se eu fosse quebrar ou algo do tipo, na verdade era como se agora tivéssemos um entendimento mútuo, eu gostava disso.

Mesmo que Rhys ainda possuísse seus mistérios, coisas que nem o círculo intimo soubesse, que ele tentava esconder. Suas máscaras.

Eu tinha admitido tanta coisa, tantas emoções e sensações que eu havia tentado esconder de mim própria e que agora pairava sobre mim como uma nuvem clara, não mais aquela neblima confusa.

Eu não amo mais ele, não quero mais ele.

Era verdade, em cada palavra era, e eu havia tido certeza, naquela noite por alguma razão a ficha caiu para mim. E não me repelia dela, não me culpava por sentir aquilo, na verdade era bom, melhor que bom, era libertador.

E sobretudo, não havia esquecido da forma que Rhys me confortou, que me deixou chorar em seu ombro, pela mãe ele estava sem camisa, na hora eu nem me toquei direito do fato mas depois a lembrança ficou viva em mim, como uma faísca. O calor da sua pele, a maciez, seus braços fortes em volta de mim, me fazendo sentir segura...

Também lembrava da forma que eu havia tocado em seu rosto, da proximidade e de como seus olhos estavam focados nos meus.

Você é meu melhor amigo Rhys.

E ele era. Havia sido desde o primeiro dia.

Interrompendo meus devaneios ouço o alarme do meu celular, pousando o pincel que eu segurava e dando uma última encarada na pintura a minha frente -o contorno das pessoas na tela ja estavam prontos e o fundo praticamente todo pintado -levanto do banquinho que havia pego da cozinha e vou em direção ao meu celular que está na mesa de jantar.

Olho o aviso, meu compromisso. Tinha marcado aquilo na esperança de desistir mas agora eu iria, iria mesmo. Então sem tentar conter um sorriso vou ao banheiro me lavar e parto.

————————

-Pensei que fosse a pontual do grupo Feyre- Cassian diz logo quando entro no apartamento de Rhys.

Havíamos combinado para almoçarmos juntos, já que os outros também estavam de folga. Mas nem todo mundo havia chegado. No apartamento vejo Amren sentada a mesa de jantar digitando avidamente no celular -indiferente com qualquer um- Azriel sentado ao seu lado conversava com Rhys -que ao me ver chegar se vira e sorri - á sua frente. E Cassian a frente de Amren e ao lado de Rhys me olha, entretido.

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