Capitulo 28- Feyre

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(não se esqueçam de comentar e votar isso ajuda demais a incentivar a autora a continuar postando, boa leitura)

Todos nós bebemos um pouco do vinho enquanto jogávamos conversa fora. Eu, Amren e Rhys fomos os mais contidos considerando o que nós esperaria no dia de amanhã. Já Azriel mal tomou um gole pois passou o resto da noite se certificando de que Mor e Cassian não extrapolassem e entrassem em coma alcoólico.

Os dois bebiam um pouco de cada vinho de Rhys. Tinto, branco, hidromel, espumante, rosé, tudo que estivesse disponível na adega. E mesmo que quando os dois foram embora -com Az em seu encalço- estivessem meio trôpegos sabia que uma boa noite de sono já os traria de volta a realidade. Amren saiu logo depois do apartamento e eu só conseguia pensar o quanto havia criado gosto por essas reuniões.

Agora estava descendo o elevador para voltar ao meu apartamento, com Rhys ao meu lado pois ele havia insistido em me acompanhar. Ele não falava nada, mas eu conseguia ouvir o maquinário da sua cabeça, seus pensamentos a mil.

Me olhava no espelho do elevador. Eu usava uma calça legging e uma blusa preta larga. Meus cabelos ainda soltos e levemente embaraçados, nos meus olhos as olheiras não se faziam mais visível, e mesmo desarrumada, me sentia incrivelmente bem. Rhys estava com os braços cruzados, trajava uma blusa de manga comprida azul marinho escura, aquilo provavelmente era o máximo de cor que ele usava mesmo que de longe você pensasse que era preto. Calças escuras e tênis. Suas bochechas estavam coradas pela bebida e à meia luz do elevador seus cílios ficavam mais escuros, era encantador.

A porta do elevador se abre e quando chego a porta do apartamento já buscando as chaves no meu bolso para abri-la, Rhys fala.

-Você nunca me perguntou como ficaria seu emprego depois do desfile- eu me viro. Ele havia falado de forma tranquila mas havia uma pergunta implícita ali.

-Isso- pigarreio -Não achei que fosse uma coisa que eu pudesse simplesmente falar com você- mentira. Eu só estava enrolando essa conversa com medo do resultado. Aparentemente teríamos essa conversa agora.

-Você pode falar qualquer coisa comigo, Feyre- responde. Eu coloco minhas mãos nos bolsos da calça, uma mania que agora eu tinha quando ficava nervosa. Uma mania que eu havia adquirido com Rhys.

-Eu sei, só pensei que- suspiro -que se quisesse que eu continuasse na empresa teria vindo falar comigo e também- dou de ombros, dura demais para parecer casual -tinha medo de ter que sair-

Algo acende nos olhos de Rhys, algo como surpresa?

-Então você quer continuar- afirma mais do que pergunta.

-O que eu quero não importa. Você é quem decide isso, não vou deixar que sua decisão de me manter ou não se baseie em não me chatear. Quero que seja honesto comigo- digo na defensiva, não queria que Rhys me desse o emprego por pena, ou por medo de que ficasse ressentida dele.

Rhysand da um único passo solitário em minha direção.

-Primeiro- levanta um dedo -Sou sempre sincero
com você, Feyre, e continuo sendo sincero quando digo que se não quisesse mais você trabalhando comigo, eu diria. Segundo -ele sorri ladino -esse não é o caso. Quero que continue na empresa, quero que fique-

Agora sou eu quem fico surpresa. Sinto minha testa se enrugar de confusão. Por semanas havia imaginado como seria se continuasse a trabalhar lá, mas agora que Rhys realmente disse me pego pensando sobre, confusa.

Como eu iria continuar trabalhando na empresa? Nesses últimos meses havia sobrecarregado Ressina com todo o trabalho da galeria e apesar de ela não me dizer sabia que precisa de ajuda, que precisa de alguém ajudando ela com frequência. Eu havia lhe pedido dois meses de ajuda e ela nem hesitou em me auxiliar mas não podia pedir mais que isso.

Real World - ACOTAR FeysandOnde histórias criam vida. Descubra agora