Capitulo 21- Feyre e Rhysand

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⚠️ALERTA⚠️: ESTE CAPÍTULO FAZ MENÇÃO A RELACIONAMENTO ABUSIVO, AGRESSÃO, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ANSIEDADE, SE VOCÊ É SENSÍVEL A ALGUM DESSES TÓPICOS RECOMENDO NÃO LER OU TER CUIDADO!!!

CASO VOCÊ OU ALGUMA CONHECIDA ESTEJA SOFRENDO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU AGRESSÃO PEÇA AJUDA LIGUE 190!!!

(não se esqueçam de comentar e votar isso ajuda demais a incentivar a autora a continuar postando, boa leitura)

As piores lembranças eram como os monstros que eu costumava acreditar morar em baixo da minha cama quando criança, apareciam quando você estava sozinha, na calada da noite. Desesperador e sombrio, mas principalmente, eles viviam na sua cabeça.

Eu estava no escritório de Tamlin na mansão, nós discutíamos, ele não me deixava sair da
casa e quando deixava era sempre acompanhada. Eu não aguentava mais aquilo, queria dar um fim, um basta e um ponto final.

-Não pode controlar tudo o que faço Tamlin!- grito exasperada. Ele se aproxima de mim, a passadas largas, os olhos queimando, segura os meus braços num aperto doloroso, chega bem perto e rosna na minha cara.

-Tudo o que eu faço é para protege-la- seu tom sai baixo, ameaçador, eu estou completamente imóvel.

-Proteger do que?! Eu não sou de vidro, não vou estilhaçar se me der a liberdade de sair de casa!- grito mesmo quando estamos muito próximos. Ele aperta mais meus braços fazendo com que a circulação se sangue ali seja difícil.

-As pessoas Feyre! As pessoas vão querer você, vão quer toca-la e eu não posso permitir isso!- ele diz e começo a ficar assustada com o seu tom possessivo.

-Eu não vou deixar que as pessoas me toquem Tamlin!- tento sair de seu aperto mais ele impede -E você não é meu dono, não manda em mim!- falo com lágrimas dos meus olhos,
lágrimas de dor que seu aperto provoca,
seus rosto está a centímetros do meu, ele não fala nada, seus olhos verdes estão escuros, muito escuros. A mandíbula está cerrada,
ele parece estar tentando se conter, seus braços ainda firmes em mim. Daquele jeito ele não parecia o homem pelo qual eu havia me apaixonado, aquele não era Tamlin.

-Me solte- eu falo sugando o ar dos pulmões -Me solte Tam, está me machucando-

-Você é minha- ele rosna baixinho ignorando meus apelos, começo a ficar verdadeiramente desesperada.

-Eu não sou um objeto Tamlin!- grito e começo a me mexer, tentando sair, me libertar. Lágrimas escorriam por todo o meu rosto -Me solte, me solte, me solte!-

PAH!

O impacto do tapa faz minha cabeça girar, o tapa foi tão forte que minha bochecha começa a formigar e a arder, levo uma das minhas mãos agora solta do aperto de Tamlin até o local onde ele me bateu. E sinto algo molhado, minhas lágrimas.

Tamlin havia me batido, ele nunca, nunca havia feito isso antes. Eu entro em pânico, meu coração acelerado a mil no peito, sinto como se não respirasse. Quando tiro minha mão da bochecha vejo que não tem só lágrimas mas sangue também, olho
para as mãos de Tamlin, ele usava o anel de sua família. Sinto como se fosse vomitar.

Tamlin agora agarra meus obros e me sacode com força.

-Olhe pra mim!- ele grita e me sinto mais desesperada do que já estive em toda minha vida, quero correr pra longe mas meus pés estavam fixos no chão. Eu tremia e minha respiração está irregular, Tamlim também treme de raiva. Olho pra ele e seus olhos estão quase pretos, ele está vermelho de ódio e aquele homem parado na minha frente, ele não é o meu namorado.

Real World - ACOTAR FeysandOnde histórias criam vida. Descubra agora