35. Fora da concha

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Era dia dos namorados, faltava pouco para terminar a estadia na U.A., que seria em Abril.

Kirishima e Bakugou estava checando apartamentos, no chão de um. Pensavam nos pós e nos contras, no geral parecia que este era o que mais gostaram.

— Estou pronto para dar entrada... — dizia Kirishima, praticamente deitado no colo de Bakugou, o abraçando. O rosto contra o volume dos peitos musculosos. Parou de falar ao ter sua bochecha puxada.

— Calma, não vamos meter os pés pelas mãos — resmungou Bakugou. — Afobado demais.

— Hehehe!

Eijirou ficou a olhar Katsuki, que se levantou e passou a andar pela residência, analisando, comentando que era mais próxima ao trabalho de Eijirou e isso era bom, mais prático do que os outros.

Kirishima pensava em como estava feliz.

— Katsuki.

— Hm? — Se virou para ele.

— E tem uma churrascaria aqui perto.

— Ah, é? Não deveria nem ficar surpreso por logo você saber disso.

— Posso te levar? Num encontro de dia dos namorados?

— ... pode — ruborizou, desviando o olhar, cara de bravo.

— Katsuki.

— O que é? — Ele ficou de frente a pia, sem se virar para olhar Eijirou, como se a pia e a janela fossem super interessantes.

Quando deu por si, viu um embrulho lhe cutucando. Eijirou estava de pé ao seu lado.

— Você se lembra quando me deu chocolates?

Acenou que sim.

— Eram do que?

— Você comeu e não sabe, idiota?!

— Não digo assim, irritadinho — riu Eijirou. — Digo, o que significavam? Eram de amigos? Eram... outra coisas? Eu nunca tive coragem de perguntar, não tive na época.

Katsuki pensou e pensou sobre isso. Depois de refletir, chegou a conclusão:

— Bom que não perguntou na época.

Eijirou arregalou os olhos.

— Mas por quê?

— Eu... não saberia te responder. Com certeza eu ficaria irritado por causa disso, te xingaria e iria embora — respondeu honestamente e frustrado com sua própria pessoa do passado.

Como ele era cego! E muito mais irritante.

Não que ele não se considere ainda.

— Te deixaria falando sozinho.

— ... — Eijirou sorriu com dó.

Mas era realmente algo fácil de imaginar que Katsuki faria.

— Então você não sabe me dizer o que eram?

— Arg, eu obviamente já estava... gostando de você, idiota. Eu não pensei muito, eu sabia que aquele ômega iria te entregar, tinha muito mais gente querendo dar chocolates pra você, de amizade ou além, eu só... fiquei irritado.

Um sorriso divertido se formou no rosto de Kirishima.

— ... amor, isso se chama ciúmes.

Bakugou revirou os olhos.

— Grande merda, que seja. Chocolates de ciúmes, foi o que te dei. — Mas decidiu que os dois podiam jogar aquele jogo. — E você? O que eram os seus?

Sou assim como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora