2. Inevitável

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Olá para mais um capítulo. Aqui o negócio começa meeesmo!

Mas não o lemon, vão ter que esperar um pouco. Já vou avisando pra não desapontar que a coisa esquenta aqui, né?




Essa foi a única vez que pensou que teria sido melhor se Kirishima tivesse pedido ajuda na outra porta. De fato Eijirou não tinha a amizade com Shouji como a que tinha com ele — na verdade com quem teria? — mas Shouji era um alfa mais "comum", então Shouji não teria a reação que Katsuki estava tendo no mesmo instante em que abriu a porta e foi atingido pelo o aroma do Kirishima.

Não bastando o cheiro, tinha sua aparência; ele transpirava, quente e cansado, pressionando os dentes um contra o outro, salivava, os olhos brilhavam num escarlate hipnotizante, um olhar felino, predador. Fazia tanta força para se conter que seus braços ativaram o quirk e endureceram.

Sem pensar duas vezes, não ouvindo o amigo dizer para não entrar ainda lá para procurar, ou para pelo menos usar uma máscara antes, Bakugou foi direto para o quarto bagunçado de Kirishima. Parecia que o terremoto tinha passado porquê o rapaz tinha procurado o quanto pode os malditos supressores.

Estando no quarto dele com aquele cheiro pesado da rotina – mistura de excitação, raiva – passava a salivar enquanto preocupava.

— Droga! — Deveria ter pego o próprio supressor antes de correr para ajudar o Eijirou, assim ajudaria a conter os feromônios dele para não ferrarem os seus.

Se deu conta que ele nem estava ali lhe ajudando a achar.

Irritado saiu e ao tentar abrir a porta do próprio quarto notou que estava trancada.

— Mas que caralho, Kirishima?! — Batia na porta.

— Desculpe, Bakugou, mas eu preciso me conter aqui! — avisou entre dentes numa voz que chegou a arrepiar Katsuki.

Chacoalhou a cabeça para focar.

— Eu preciso do meu, cabelo de merda!

— Ah, é, desculpe. — dessa vez foi o tom até normal dele.

— Idiota...

Se afastou indo até o quarto de Kirishima novamente. Era uma má ideia, mas só tentava procurar mais um pouco, por teimosia e se não encontrasse chamaria alguém.

Por mais difícil que fosse.

Só a possibilidade, só o pensamento de alguém ver Kirishima daquela forma mexia com seu alfa interior, já bem afetado.

Em meio a bagunça, puxando gavetas, achou o supressor em líquido, estava com sorte. Se tratando da situação era a melhor opção, o efeito seria rápido, só precisava da agulha e como não dava para ficar lá mais, foi para seu quarto. A porta não estava mais trancada, mas não sabia onde Kirishima tinha se metido, o chamado.

— Aqui. — ouviu sua voz rouca.

Se abaixou com cautela e viu ele embaixo de sua cama como um animal selvagem acuado. Perdeu até a linha de pensamento por um momento olhando para os hipnotizante olhos rubros.

— Bakugou?

Foi despertado pelo tom cauteloso dele, notando que estava a se aproximar de forma que fazia Eijirou se sentir ainda mais encurralado pela sua postura intimidante.

Katsuki se recompôs satisfeito como o amigo conseguia manter tão bem o auto-controle. O alfa interior de qualquer um levaria a atacar Bakugou daquela maneira.

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