34. Dentro da concha

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Notas:
Nossa senhora, entramos num hiatus involuntário? Basicamente kkkkkkk. Mas aqui está com a atualização (e apreciar o rosto do Kirishima nas imagens acima).



As famílias de heróis formados da U.A. poderiam ficar muito orgulhosas. O reconhecimento eram grande, a popularidade tendia a crescer desde o momento em que eles entravam na instituição.

Os anciões de ambos os lados maternos de Eijirou estavam muito satisfeitos com isso, cheio de elogios ao neto, a boa criação dele dada pelas mães, suas filhas. Especialmente para Rumiko, a alfa matriarca da casa.

Quando eram críticas, durante a infância do menino, eram dirigidas para Misaki, por ela ser a ômega, por estar falhando na criação, o que deveria ser seu principal trabalho.

Vendo a mudança de comportamento do seu pai e sua sogra, os alfas, Misaki se sentia inquieta. Principalmente desde aquela conversa com Rumiko. Os avôs de Eijirou não sabem o que as mães dele sabem, e quando soubessem, certamente o tratamento seria muito diferente.

Não seria bom Eijirou ir vê-los com maior frequência? Queriam tanto vê-lo, pediam tanto, e ele mandava recados que alegrava aqueles dois lados da família, porém não era de aparecer desde que entrou para U.A.

O motivo de estar muito ocupado não despertava quaisquer desconfiança, pois não estava sendo incomum com eles. Ele já era distante deles — e por esse lado, elas não tinham o que reclamar. Era até bom, porque o medo era dele se tornar similar em certos aspectos... não muito bons das famílias — Só suas mães sentiram a diferença.


Misaki se perguntava se era mesmo sua culpa por trabalhar demais e não ser uma mãe 100% do tempo, só parte em sua jornada dupla? Rumiko achou correto ter tudo sido dividido igualmente e Misaki também... mas não foi a maneira que foi criada. Nenhuma delas foi. Não conseguiam se ver felizes de outra maneira, mesmo que numa visão antiquada era a errada.

Não deveriam falar com Eijirou sobre... tudo isso? Ele sempre desvia do assunto, certamente porque já imaginava o que seria e não estava disposto.


Levou um tempo até um dia ela acordar pela manhã, caminhar pela casa e passar pelo quarto de Eijirou.

Podia se lembrar daquele menininho de cabelo escuro cobrindo os olhos, muito falador. Mas as vezes parava e ficava quieto, muito pensativo e cabisbaixo, se encolhendo todos, os olhos com vontade de dizer mais, porém não dizia.

Sentiu o toque de Rumiko em seu ombro e a ouvir suspirar ao dizer:

— Ele é feito girassol. Faz falta, não é?

"Feito girassol..."


A natureza de Eijirou era ser feito um girassol de intenso amarelo. Ele no intenso vermelho, muita energia e sorrisos. Ele não era introspectivo ou tímido, não era criança que gostava mais de ficar sozinho como as outras. Eijirou sempre gostou de fazer muitas amizades, por isso, muito sociável.

Uma pérola brilhante.

Às vezes ele se fechava numa concha, e pensando bem, não era por querer, era por necessidade.

— Faz falta...

Ele não se fechava para se deliciar com os benefícios da solitude, eram as inseguranças.

Realmente filho delas, até essas semelhanças, como demoraram tanto para notar? Feito elas, ele tinha desconforto no próprio lar, só ficava mais e mais óbvio com os anos. Ele, evitando a todo custo pisar na casa, não era o suficiente para sacar o que ocorria?

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