19. Esse é nosso trabalho

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Bakugou e um dos kohais estavam a trabalho.

Tudo tinha acontecido muito rápido, num momento estavam combinando com a sensei e chefe Rumi Usagiyama, Mirko, de se encontrarem com ela e os demais estagiários. Darem a patrulha como encerrada e irem jantar num restaurante.

Nada demais, além das provocações do Katsuki aos kohais que na última vez ao tentaram acompanhar ele com lamen apimentado, viram estrelas e compartilharam uma jarra de leite.

O rapaz do primeiro ano que estava com ele, tinha uma audição bastante aguçada por sua quirk de cachorro. Perguntou se Bakugou tinha ouvido alguma coisa, ao que ele respondeu:

— Não ouvi nada.

— Ah, então deve ser coisa da minha cabeça... — o rapaz deu de ombros e iria voltar a caminhar para irem ao restaurante, se Bakugou não tivesse o segurado pelo ombro.

— Não é porque eu não ouvi que não aconteceu, presta atenção!

— S-sim, senh-senpai! Bakugou-senpai! — Quase o chamou por senhor. Mas não seria a primeira vez que um dos mais novos, pelo tom do Bakugou, se destrambelhava todo e solta, talvez, até um "Bakugou-san".

— Tch! — Bakugou mexeu a cabeça, cruzando os braços.

"Esses pirralhos..." — pensava, como se fosse realmente um senhor na terceira idade. Não dava para culpar os jovens estudantes por esquecerem que de fato, Katsuki era jovem, se ele se comportava dessa forma, não é?

Aquele estagiário era um nerd, não muito diferente do Deku, cheio de neuras, Bakugou precisava ficar atento com ele. A autoconfiança dele era algo que precisava a se trabalhar. Sabendo disso, avisou que precisavam checar uma coisa antes a Mirko e ficou atento ao redor junto a ele, vendo as orelhas caninas do kohai se moverem à procura de captar mais alguma coisa.

Os olhos dele se arregalaram e se virou para Bakugou-senpai, que o incentivou a mostrar de onde vinha o som. Ao ponto que corriam, o kohai explicava que parecia ouvir um pedido de ajuda. Sendo assim, Bakugou pegou o rapaz e o colocou sobre os ombros, usando suas explosões como propulsores por cima dos prédios, sendo guiando ainda pelo kohai que apontava para onde deveria ir.

Puderam ver o que acontecia de cima; tinha uma van branca ligada, um beta brigando com um ômega pequeno de cabelos pretos que lhe chutava gritando por ajuda. Um alfa alto, barba por fazer e cabelo longo desgrenhado, foi tentar puxar esse ômega para a van — algo que o beta estava tentando e falhando.

Mas outro ômega, loiro e mais alto, apareceu e acertou o cabeludo com um pedaço grande de pau várias vezes.

O kohai saltou do ombro de Bakugou, mergulhando por cima do beta o impedindo de sacar a arma. Porém não houve tempo de evitar que aquele alfa sangrando pela cabeça, puxasse o ômega loiro para dentro do veículo, em que alguém dirigia. Saíram em alta velocidade na fuga. Bakugou chegou na rua, vendo ômega baixinho a chorar compulsivamente, gritando o nome do outro que foi levado, os feromônios mostrando seu estado de terror.

Soube naquele momento que era melhor não se aproximar dele, mandou o kohai ficar ao lado da vítima.

— Mas senpai, precisamos ir atrás daqueles! Eu sou capaz!

Sabia muito bem que aquele menino do primeiro ano estava louco para ir no meio da ação, surrar os vilões, porque Bakugou tinha sido exatamente daquela forma quando entrou na UA.

— Você fica com ele! — Apontou para o ômega que estremeceu.

Dynamight, Bakugou, se amaldiçoou por ter de usar um tom que assustasse a vítima, mas tinha que se comunicar alto enquanto subia o prédio usando seu quirk, anulando seus feromônios ao mesmo tempo e não fazendo qualquer expressão próxima a suas caretas de raiva.

Sou assim como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora