Meus amantes

1.7K 171 19
                                    


Draco se enfia no peito do pai loiro sem conseguir ver, ele apenas ficou escondido esperando pelos gritos, o menorzinho estava quieto em seus braços, ele não parecia compreender o que estava acontecendo, mas estava quietinho.

Tate balança a varinha sobre a barriga do menor e uma bola azul clarinha vazia se forma a frente deles, o medi-bruxo suspirou cansado e esfregou os olhos com a mão livre, ele queria muito acreditar que o menor realmente estava gravido, mas a realidade estava ali a dois palmos de distância, literalmente.

-Sinto muito – foi o que ele consegue sussurrar, o silencio brutal foi cortado pelo choro alto de Harry, que tremia na cama e tentava ao máximo cobrir sua boca para não deixar os gritos saírem.

Draco passa o irmão para os braços do pai com uma certa urgência e até rudeza, mas ele sentia a enorme necessidade de se abraçar a mãe. Ele deita na cama e puxa o menor para os braços, mordendo os lábios para não deixar os soluços escaparem enquanto ele também começava a chorar.

Severus cai sobre o companheiro alfa e se esconde em seu pescoço, o loiro o segura pelas costas e o abraça apertado, no outro braço o filhotinho que seguia os dois mais jovens e começava a chorar também.

-Vou trazer uma poção calmante, com licença - Tate diz e sai pelo canto, deixando a família um pouco em paz. Ele caminha com calma enquanto pensava o que ele poderia fazer, ele nunca tinha ouvido de algo tão complicado assim.

Ele volta dez minutos depois, eles ainda estavam nas mesmas posições, mas agora ninguém mais chorava audivelmente, o ômega parecia ter desistido de se mexer, deveria ter atingido o limite, a poção foi colocada de lado por enquanto.

-Eu... posso receitar algumas poções calmantes, acho que vai ser o melhor para ele, ficar em casa e calmo, e-eu sei... que é um choque e vocês vão precisar de muita paciência no tratamento agora – o medi-bruxo diz segurando na ponta da cama – mas agora é crucial que vocês tenham em mente de alguns problemas quando ele voltar para casa, se pudermos falar lá fora um minu...

-Me internem... - Harry diz baixinho, mas todos ouviram aquele sussurrar tão quebrado. Draco se levanta e tenta falar alguma coisa, mas só gaguejava coisas incoerentes.

-Internação? - Lucius pergunta largando o moreno, deixando o filhotinho com ele e indo para a frente do pequeno, se agachando até tocar o rosto dele, fazendo um carinho com sua mão tremendo.

O ômega não fala, nem se quer tenta, ele se encolhe mais e se esconde no travesseiro. O moreno se aperta mais a Teddy e se senta com ele atrás do outro loiro, pousando o garotinho em suas pernas, e acolhendo o outro também, que estava a um ponto de colapsar.

-Eu posso conversar com você a sós Harry? - Tate pergunta sem se aproximar, ele sabia que se o fizesse os alfas lhe cortariam ao meio.

-Claro... - Lucius concorda se abaixando mais e beijando a testa do amado – estaremos do outro lado da porta.

Ele ajuda o companheiro moreno com os filhotes e os quatro voltam para a sala de espera. Onde ele senta e traz o filho mais velho para o colo, também beijando sua testa e o apertando para passar um consolo.

-Você quer mesmo ficar aqui? - o doutor se senta na cama ao lado do pequeno paciente.

-Não quero mais preocupa-los... acordar no meio da noite com uma alucinação, eles vão ficar melhor, enquanto... eu melhoro e... eu preciso melhorar.

-Entendo – Tate fala anotando mentalmente que o garoto estava se enrolando na fala - você acha que consegue? Você só vai poder ver seus alfas nos finais de semana, e você tem um filhote pequeno... vai bagunçar toda a vida deles e a sua também.

Omega? Dois alfas?Onde histórias criam vida. Descubra agora