Meu pesadelo

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POV. Autora ON

- 09/09/ 1998 – Terça.

"Você é tão inútil e arrogante quanto o seu pai" O garoto se remexe na cama, estava dormindo tranquilamente até ali.

"Você sabe o que eu acho, Potter? — disse Snape, muito calmamente – Acho que você é um mentiroso e um trapaceiro, e merece ficar detido comigo todos os sábados até o final do trimestre. Que é que você acha, Potter?" Um Severus que não via a muito tempo lhe sorria sádico.

"Ainda bem, Potter — disse Snape friamente — porque você não é especial nem importante" Ele se remexe de novo, estava incomodado com o pesadelo que uma vez foi real. Choraminga durante o sono e estremece.

"Você me chamou de covarde, Potter? — gritou Snape" Ele se levanta, estava assustado, suando, e respirando pesadamente.

Acaba acordando os outros dois homens que dormiam consigo, se sentam ao lado dele e seguram-lhe as mãos, os torsos nus sendo ressaltados pela luz da lua que passava pelas janelas, já que os três começaram a dormir apenas de cueca "mais fácil assim" Harry justificará.

- O que foi? Harry tudo bem? – os dois praticamente se atropelam para perguntar, o menor só levanta o olhar e encara assustado o moreno por uns segundos, até se apegar de vez a realidade e pensar com clareza.

-Foi... um pesadelo... – consegue dizer entre espaçadas fungadas de ar, os alfas se aproximam rapidos e começam a soltar os feromônios para acalmá-lo – desculpa... acordar vocês...

-Ta tudo bem amor, você quer nos contar?... – Sev pergunta e o castanho respira fundo.

Lucio se deita de lado, trazendo o menor para se acomodar numa conchinha com ele enquanto o moreno se deitava de frente aos dois.

- Eu lembrei... – tentava juntar as palavras da forma mais suave que conseguia – de algumas coisas que você me disse no passado – olhou dentro das ônix encontrando sua dor, se Severus pudesse voltar ao passado ele mudaria tanto em sua vida... – algumas coisas muito ruins...

-Me... desculpe – o moreno se apressa em dizer, mas o folego se perdia no meio da frase.

- Foi apenas um tempo ruim, eu não esqueci, mas escolhi perdoar, eu te entendi, vi seus motivos – o jovem levanta a mão e segura o rosto do homem, que o encarava com muitos sentimentos correndo por sua cabeça.

A dor, a raiva, a solidão, o fracasso, a inutilidade... mas também o amor, o carinho, o pertencimento e a redenção. Queria se fazer digno do ômega, queria poder reescrever a história e ama-lo dês do primeiro dia que se viram, queria arrastar Lucio consigo e levar o pequeno a algum lugar que ninguém os encontraria, seriam apenas eles três e mais ninguém.

-Hey, eu sei no que está pensando – o loiro o chama e o pesar no rosto dos dois homens eram perceptíveis – eu tentei lançar um avada quando ele tinha doze anos, eu o cacei, ordenei o ataque que... – ele engole em seco e o castanho deixa um par de lagrimas escapar – eu fui muito pior do que você querido, e nós dois fomos absorvidos de nossos pecados por ele, daqui para frente faremos ele ver estrelas todos os dias, vamos cuidar dele até o fim, daqui 600 anos.

Beija suavemente os fios castanhos a sua frente, o pequeno já caia num choro sofrido, e o outro alfa o fitava com medo, medo de machucá-los, como fez sua vida inteira com as pessoas que amava.

- Vamos trazer mais coisas boas a sua vida do que coisas ruins, nunca mais vamos fazê-lo chorar – a situação seria cômica se não fosse trágica, pois os três já estavam com agua nos olhos, sendo que o ômega não se continha e o rosto já estava todo molhado e vermelho - E vamos ter vários filhotes...

Omega? Dois alfas?Onde histórias criam vida. Descubra agora