Capítulo 12.5

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{Lydia}

Dor. Foi a primeira coisa que Lydia sentiu. Uma dor tão forte e latejante em suas costas que ela mal conseguia abrir os olhos. E então algo estalou em sua mente. Minhas asas. 

Lydia ergueu a cabeça com força, percebendo que estava de bruços. O simples movimento fez tudo latejar ainda mais e ela arfou de dor, antes de uma mão encostar em seu ombro com suavidade. 

— Tente se manter parada. Estamos tentando ajudar. - Ren. Ela ofegou em pânico. Minhas asas. Minhas asas. Minhas asas. - Lydia, olhe para mim. - Ren disse com suavidade, pegando suas mãos e ela encarou seus olhos azulados. - Vai ficar tudo bem… 

E então, ela gritou. Um grito tão profundo de dor, que sentiu ecoar dentro de sua alma. O mundo pareceu escurecer e clarear novamente. Outro estalo que fez seu corpo doer por completo, arrancando outro grito profundo. E finalmente... escuridão. 

Quando acordou novamente, já estava escuro. Lydia soltou um resmungo de dor e Connan apareceu em seu campo de visão, colocando algo na frente de seu rosto. 

— Beba isso. Vai ajudar com a dor. - Ele disse suavemente, a ajudando a se sentar e a fazendo beber o que quer que fosse aquela gororoba verde. Ela percebeu que estava coberta com uma capa de lã e a puxou mais contra si. - Você ficou apagada durante o dia inteiro, se sente bem? Ren foi tentar achar algo para comermos. 

A mente de Lydia pareceu parar de girar o suficiente para que ela se concentrasse. 

— Onde estamos? - olhou ao redor. Eles estavam dentro de uma caverna que tinha a entrada coberta por algo que parecia ser folhas. - O que aconteceu?

Connan colocou a mão na testa da fêmea medindo sua temperatura e a encarou. 

— Não sabemos... E... também não sabemos. 

Eles ouviram algo estalar do lado de fora e Connan se levantou rapidamente, quando Ren entrou com um pedaço de pano cheio de frutinhas. Connan suspirou aliviado, mas Ren apenas encarou Lydia. 

— Você acordou. Como se sente?

A fêmea engoliu em seco e olhou, ou melhor, tentou olhar para suas asas que pareciam estar cobertas com algo parecido com uma pasta de musgo verde.  

— Melhor. - Respondeu de forma seca e encarou os dois. - Elas… - Lydia engoliu em seco temerosa. - Elas foram cortadas? 

Connan olhou para a fêmea rapidamente. 

— Quebradas e mutiladas em algumas partes com freixo. Mas conseguimos conter o sangramento e o musgo vai acelerar na cura. Se você mantiver as asas paradas, elas vão estar curadas em um ou dois dias… E talvez você esteja bem para voar em uns três, ou quatro. 

Ren entregou as frutas a Connan, como se para que ele verificasse. 

— Não se preocupe. Connan estudou alguns anos na Corte Diurna e conhece alguns dons da cura e plantas curativas. 

Lydia engoliu em seco e encarou Connan, transmitindo o máximo de gratidão que conseguia pelo seu olhar.

— Obrigada.

Ele sorriu de canto e apontou para Ren. 

— Agradeça a ele também. Ele quem te segurou e conseguiu estancar seu ferimento. 

Ela engoliu em seco novamente encarando ambos. 

— Obrigada. - Sussurrou e suspirou levemente quando Ren a entregou um punhado das frutinhas vermelhas. - Alguém sabe o que aconteceu?

A Court Of Flowers in the StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora