Epílogo

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Foram precisos quinze dias para tudo ser providenciado.

Quinze dias para construírem um novo Palácio. Quinze dias para fazer as roupas adequadas e decorar o salão com esplendor.

Guirlandas de flores jamais vistas pendiam dos bancos e das vigas, junto com jóias, pérolas, e folhas secas que se misturavam em uma explosão única de cores.  

Nyx se encontrava de pé no altar do salão do trono, monitorando a multidão reunida. Precisava admitir que haviam feito um trabalho impressionante em apenas quinze dias. Velas tremeluziam por toda parte, e flocos belíssimos feitos com a neve de Kallias tremeluziam ao redor, causando pequenos arco iris.

Ao seu lado, Drystan alternava o peso do corpo entre os pés enquanto os outros olhavam direto para a frente.

Todos estavam perfeitamente arrumados observando os últimos dos convidados terminarem de entrar no espaço lotado. Nyx observou os Grãos Senhores nas primeiras fileiras.

E então, as portas se abriram novamente e Alya entrou. 

Nyx sentiu o próprio fôlego ficar preso quando viu a parceira. Alya não havia deixado que Nyx visse o vestido que fazia, não havia deixado ninguém ver. E Nyx só teve uma palavra para o descrever: Glorioso. 

O longo vestido era de uma bela cor perolada, que a cada passo que Alya dava, o vestido parecia brilhar em algum lugar diferente. Os cabelos loiros estavam presos em um meio rabo e sua maquiagem era leve e sofisticada. 

No busto, havia sido costurado em fios de bronze uma estrela dentro de uma rosa. O mesmo símbolo que brilhava na mão direita de Alya. E quando Alya se virou para cumprimentar os presentes, antes de subir as escadarias, Nyx viu que ela havia costurado o símbolo de cada corte nas costas do vestido. 

Não havia outra palavra para descrevê-la que não fosse linda. 

Por outro lado, Alya sentia que cada passo, cada caminho que tomara, a levara até ali.

Até o trono que esperava. Até a coroa que Amren colocaria em sua cabeça. Haviam decidido que Amren deveria colocar a coroa, já que está aqui há mais tempo.

As mãos de Alya tremeram, mas ela a espada sagrada que carregava com mais força. 

E então Alya estava nos cinco degraus do altar, e Amren caminhou até a beirada.

Como ela  instruíra na noite anterior, como ela treinara várias vezes durante horas, Alya subiu os cinco degraus e se ajoelhou no último.

A última vez que se curvaria. A única coisa diante da qual se ajoelharia. Sua coroa. Seu trono. Seu reino. Seu povo. O povo que ela salvou. O povo que a escolheu.

O salão permaneceu de pé, mesmo quando Amren gesticulou para que se sentassem.

Em seguida, vieram as palavras, proferidas no velho idioma. Sagradas e antigas, impecavelmente pronunciadas por Amren.

— Você oferece sua vida, seu corpo, sua alma a serviço de Prytian?

Ela respondeu no velho idioma, como também praticara com Rhys na noite anterior.  

— Ofereço tudo o que sou e tudo o que tenho a Prytian.

— Então faça seus votos.

Alya sentiu seu corpo tremer, mas curvou a cabeça e disse:

— Eu, Alya, filha do céu e herdeira da terra, juro por minha alma imortal que vou guardar, cuidar e honrar Prytian deste dia até meu último.

— Então assim será.

A Court Of Flowers in the StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora