Capítulo 27

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{Alya}

— Então eu disse: Isso não é arquitetura neoclássica, é apenas mármore! 

A gargalhada de Thesan ressoou pelas paredes do corredor. Até mesmo seu parceiro parecia tremer os ombros contendo a risada. Eu ri baixo. 

— Oh Alya… Você é adorável. 

Thesan falou, ainda rindo baixo, enquanto caminhávamos em direção a um enorme salão de engenhocas e tesouros. O local era tão amplo que fiquei boquiaberta por um bom minuto. Um minuto que usei para verificar as prateleiras em busca de qualquer lampejo de sensação, qualquer coisa que me puxasse, como Feyre falou que parecia ser.

— Thesan… agora entendo porque vocês acharam a cura para o faebene., - Ele deu um sorriso orgulhoso. - E esta é... apenas uma das salas de suas invenções? 

O salão ficava bem no interior do castelo, atrás de uma pesada porta de ouro que só se abria quando Thesan colocava a mão nela. Thesan riu novamente.

— Definitivamente. Temos várias salas com equipamentos sendo desenvolvidos para ajudar no tratamento de feéricos e de grã-feéricos. E graças a Lucien, a alguns anos começamos a desenvolver algumas coisas para humanos. 

Franzi meu cenho e o encarei. 

— Lucien? 

O rosto de Thesan escureceu, com tristeza. 

— A morte é inevitável para humanos, infelizmente… mas Lucien a afastou o máximo que pôde de seus dois amigos Vassa e Jurian. Graças a ele e a Elain, os humanos agora possuem vários recursos para tratar algumas doenças.

Eu pisquei. 

— Isso é… incrível. 

Falei baixo e Thesan sorriu. 

— A Corte Noturna ajudou bastante nas pesquisas. Feyre e Nestha estavam presentes em alguns testes, é claro, mas Elain e Lucien foram os que mais se envolveram. Foi assim que se aproximaram, acredito eu.

Dei um minúsculo sorriso, engolindo a culpa que ameaçava querer aparecer em meu rosto. 

Olhei ao redor. Caixas transbordando joias e gemas brutas, ouro empilhado em baús tão altos que se derramava no piso de paralelepípedo. Trajes de armadura ornamentados montavam guarda contra uma parede; vestidos tecidos de teias de aranha e luz estelar estavam apoiados uns contra os outros. Havia espadas e adagas de todos os tipos. Livros e tantas engenhocas que atiçava minha curiosidade. Mas nenhuma esfera.  

— Sabe o que todas essas coisas fazem?

Thesan sorriu. 

— Eu deveria… mas já me esqueci o que alguns fazem. - Ele respondeu. - São séculos e a coleção sempre aumenta.

Ótimo. Isso significa que talvez ele não soubesse sobre o a esfera, talvez sequer notasse a troca.

— Qual é a coisa mais perigosa aqui?

Thesan sorriu.

— Esta pensando em me atacar?

Eu ri baixo e apontei para seu parceiro. 

— Duvido que consiga fazer algo com ele aqui. 

O peregrino sorriu em resposta, mas Thesan me encarou. Me encarou por longos segundos. 

— Imagino que devo olhar para você com desconfiança. - Thesan falou, atraindo meu olhar. - Imagino que devo a encarar e ver uma… preocupação, como membro do círculo íntimo de Rhysand e principalmente como filha de Tamlin. - Não o respondi e Thesan encarou diretamente em meus olhos. - Mas permita-me fazer uma pergunta direta. 

A Court Of Flowers in the StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora