"Feyre Archeron, Quebradora da Maldição, Feyre Abençoada pelo Caldeirão, Feyre a Grã - Senhora da Corte Noturna, Feyre a destruidora de corações e de lares, a mentirosa ardilosa que ainda tinha o coração de meu pai em mãos. (...) Ela não era uma sal...
Connan falou baixo, atraindo a atenção dos outros dois. Lydia suspirou.
— Estou mais preocupada com Amerah, na verdade. Não gosto da ideia dela na Corte Primaveril.
Ela falou baixo e Connan segurou sua mão, deixando um beijo casto.
— Ela também vai ficar bem.
Ren ergueu os olhos do livro que lia.
— Com certeza. A Corte Primaveril que deveria estar se preocupando.
Um minúsculo sorriso apareceu nos lábios de Lydia e ela suspirou, voltando a ler.
Mas Connan entendia Lydia. Ele também havia acordado sentindo aquilo, aquele sentimento ansioso de calmaria antes da tempestade.
Kalina e Connan tinham o dom da cura, motivo que levou ele a acreditar que havia sido a razão para sua irmã ter sido escolhida para a rainha Kaia. Mas havia algo mais… ambos tinham esse sentimento, essa angústia de saber quando algo estava por vir, como se a Mãe os avisasse. E quando foi se despedir da irmã, percebeu que Kalina também sentiu. Talvez essa tenha sido a razão para a irmã ter insistido para ir com Alya e ter insistido para Ren ficar com Connan.
Ele engoliu em seco. Todos ali estavam conectados de alguma forma, como se o Caldeirão houvesse os selecionado especificamente. Connan só podia torcer para todos saírem com vida, do que quer que estivesse vindo.
Ren bufou fechando o livro e se levantando.
— Já chega vocês dois. Estão me deprimindo com essas caras. - Connan e Lydia ergueram o rosto, encarando o general. - Vamos, levantem. - Lydia e Connan se encararam com confusão e Ren olhou ao redor da Casa dos Ventos. - Poderia arranjar alguns doces, por favor?
Um baque soou com uma bandeja de vários doces e Connan logo pegou dois, com um sorriso. Lydia riu.
— Comida é sempre uma boa.
Mas Ren a puxou pela mão a girando.
— Tem alguma música animada?
Ren perguntou com um tom divertido e som explodiu pelas paredes e Ren girou Lydia a fazendo gargalhar baixo. Connan sorriu levemente os observando com diversão. Ren jogou Lydia para cima, a pegando com a cintura. Ela riu, girando novamente de forma animada e Ren a fez girar, caindo diretamente nos braços de Connan, que gargalhou a puxando pela cintura em uma dança agitada e animada.
Lydia soltou uma alta gargalhada, inclinando a cabeça para trás, enquanto ria. Connan a soltou e Ren o abraçou, o girando e deixando um selinho em seus lábios, antes de pegar Lydia novamente e a puxar em uma dança rápida pelo salão.
Lydia parecia brilhar e Ren riu, enquanto Connan se juntava batendo palmas no ritmo da música que aumentou a velocidade, fazendo Lydia girar mais duas vezes, antes de acabar.
Os três estavam ofegantes com sorrisos divertidos nos lábios. Connan se aproximou dos dois e Ren segurou a mão de ambos.
— Não importa o que aconteça, vamos ficar bem. Ok? Não se preocupem.
Lydia respirou com mais tranquilidade e Connan se obrigou a sorrir e a acreditar em Ren. Mesmo que aquele sentimento no fundo de seu ser não tenha diminuído em nada.
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