Capítulo 25.5

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{Drystan}
 
Drystan pousou em uma montanha. Temrys ao seu lado parecia se divertir com o voo, o qual Drystan estava praticando a algumas semanas. Desde que descobrira sobre a metamorfose de Feyre. 

— Vá com os outros. 

Ele falou friamente para o rapaz e Temrys se lançou aos céus. Drystan olhou ao redor, começando a caminhar pelo local. O chão se inclinava na direção de um córrego cinzento e forte, tão rápido que só podia ser alimentado pelas altas montanhas cobertas de neve ao longe.

Drystan desceu um pouco, o casaco que havia pegado de Alya estava com o cheiro recente.

Ele havia encontrado Rhysand antes de sair, o Grão Senhor apenas o perguntou se precisaria de algo e Drystan disse não. Ele sabia que Rhysand saberia daquilo, era sua Corte afinal. Mas se forçou a agradecer ao Grão Senhor por ter deixado ele lidar com a situação. 

O vento levava o cheiro de Alya. Todos da Equipe estavam com uma peça de sua irmã, seguindo o plano que Drystab estabeleceu após Enolan chegar com a notícia de que alguns homens de seu pai poderiam estar caçando Alya por aquelas áreas. 

As árvores se projetavam contra as pedras cinzentas, subindo pela encosta por um tempo, então desaparecendo dentro da rocha coberta de liquen, que por fim se tornava o pico coberto de neve. 

Os pelos da nuca de Drystan se arrepiaram e ele sabia que não tinha ligação nenhuma com o vento congelado. Principalmente quando ouviu um galho estalar em um som alto e mal teve tempo de se virar, antes de ter uma flecha se chocando contra seus escudos. Ele encarou a flecha com desinteresse, deslizando as mãos para os próprios bolsos e encarando o macho de cabelos negros à sua frente. 

— Ferwan. - Drystan sorriu friamente. - Ainda sendo o cachorrinho de meu pai, imagino. 

A cicatriz de Ferwan cintilou, quando ele apontou outra flecha para Drystan. Com aquele vento e o córrego ruidoso, Drystan não ficou surpreso por não ter o escutado, até que o cercassem.

— Foi um aviso. Onde está a garota? 

Oito sentinelas da Corte Primaveril saíram andando das árvores atrás de Drystan, como espectros, armados até os dentes. Não usavam as roupas dos sentinelas normais… Não. Trajavam uma roupa mais escura, o time de Ferwan, a equipe que fazia os trabalhos sujos do Grão Senhor e que fariam qualquer coisa para receberem seu pagamento. Eles eram especiais, eram de certa forma a elite. E Drystan tinha nojo deles. 

Principalmente por saber que eles não tinham limites. Já viu Ferwan matar uma criança inocente, apenas para cumprir seu objetivo e tirar a vantagem de seu inimigo. Já soube que um deles torturou uma criança na frente de uma mãe para obter respostas. Drystan se considerava um monstro, certamente sua Equipe também não era composta por inocentes, mas até mesmo eles tinham limites. Até mesmo Temrys tinha limites.

— Sua mãe? Creio que deixei ela na esquina a qual ela trabalha, depois dela chupar meu pau.

Uma veia apareceu na garganta de Ferwan e o macho estreitou os olhos, o encarando com ódio. 

— Seu pai nos deu permissão para eliminar qualquer um que entre em nosso caminho. Incluindo você. 

Drystan fez um bico irônico, antes de sorrir de canto. 

— Mal falei e você já está me ameaçando… Está ficando agitado por nada, Ferwan.

— Mate ele e vamos seguir. 

Falou outro, de cabelos ruivos. Os lábios de Drystan se curvaram cruelmente.

— Lauston. Sua mãe não te ensinou que é falta de educação se meter em conversas alheias? 

A Court Of Flowers in the StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora