Olá, pessoas!
Agradecemos a quem comentou e curtiu os capítulos até o momento, e aproveitamos para avisar que essa historia já entrou em sua reta final.
Boa leitura!<>
Olivia entrou na sala de estar, onde Lena estava sentada no sofá com os pés apoiados na mesinha de centro. Ela segurava um livro na altura dos olhos e, distraída, nem percebeu a aproximação da mãe. "O" trazia um copo de leite quente em uma das mãos e andou até o sofá, escolhendo um assento perto da filha.
— O que está lendo? — Olivia perguntou, escorando um dos braços no encosto para apoiar sua cabeça, coberta por um bonito lenço de seda, na mão.
Lena girou o rosto e sorriu brevemente para a mais velha, antes de mostrar a capa deixando que ela mesma lesse o título.
— Klone e Eu¹? — Olivia ficou surpresa — Não sabia que você gostava desses romances...
Lena deu de ombros, voltando os olhos para o livro.
— Não é meu. Encontrei no quarto de Ben e o título chamou minha atenção — disse de um modo tranquilo.
"O" encarou a filha enquanto tomava um pouco do leite. Desde que Lena voltara a morar ali, ela andava bem estranha. Muito calada e pensativa, o que não era seu comportamento comum. A mais velha sabia que, recentemente, a filha tivera um romance passageiro e, segundo o que conseguiu arrancar de Ben, não terminara de maneira amigável, embora o filho não tivesse dado maiores detalhes. Olivia não guardava boas lembranças de outro rompimento amoroso de Lena e, na época, se culpou por ter percebido tarde demais como a filha ficara no fundo do poço. Não pretendia cair no mesmo erro de novo.
— Helen me contou que te chamou para trabalhar no bar. — Comentou de repente, apenas querendo estabelecer uma conversa com a mais nova sem parecer invasiva, pois sabia o quanto Lena tinha dificuldades em compartilhar seus problemas.
Lena levantou os olhos do livro outra vez para encarar a mãe.
— É... Hoje cedo fui procurá-la para dizer que aceitaria a vaga, mas não encontrei ninguém em casa.
Olivia não estranhou.
— Um pouco antes do anoitecer, eu estava na varanda e vi Helen e aquela prima meio esquisita dela saindo juntas. Talvez tenham virado a noite em alguma festa — "O" esvaziou o resto do leite e deixou o copo na mesinha — Se eu já não estivesse acostumada com aquele jeitão de Helen, era bem capaz de confundi-las na rua — sorriu com divertimento.
Lena ficou sem reação, simultaneamente pensando na aparência de Helen Reed, de Dominique, de Tessa Jones e de Kara Grant. Quatro rostos que a assombravam.
Sim, a pintora também era capaz de perceber as particularidades das personalidades, dos trejeitos e até algumas sutis diferenças em cada uma delas. Mas a semelhança física era espantosa demais. Tinha que haver alguma explicação para aquilo.
— Tenho a impressão que Helen está interessada em você — Olivia falou como quem nada quer, olhando atentamente a filha.
Lena suspirou.
— Ela está. — Correu os dedos pelas letras douradas e em relevo do título na capa do livro, sem manter contato visual com a mãe.
— Imagino que você não sinta o mesmo — "O" sondou ao ver o jeito esquivo da mais nova.
Lena olhou-a com expressão comedida.
— Não é bem isso... Eu a acho interessante, uma mulher atraente, mas — hesitou um pouco e seus olhos caíram — estou apaixonada por outra pessoa.
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Amonet [KarLena]
Science FictionPor possuir uma particularidade que a diferencia dos outros humanos, Kara Grant tenta se manter o mais reservada possível, evitando de todas as maneiras estabelecer vínculos duradouros com outras pessoas. Porém, numa manhã de segunda-feira, o destin...