Ao final das aulas, António foi buscar Isabelle e Ana Luiza. Chegou alguns minutos mais cedo e estacionou o carro perto da escola. As duas o encontraram e Isabelle começou apresentando– os.
– Pai, essa é a Ana Luiza. Ana, esse é meu pai: António.
– Muito prazer, Ana Luiza – disse António todo sorridente se aproximando para cumprimentá– la com um abraço.
– Prazer – falou Ana surpresa com a simpatia do pai da amiga. Percebeu que ela não havia puxado timidez dele – Obrigada pela carona!
– Não tem de que! Podem entrar, meninas – disse animado também entrando no carro.
Há tempos que não via a filha feliz e se essa menina estava conseguindo tal façanha, ele já era eternamente grato. Isabelle e Ana Luiza foram atrás conversando e António observava o semblante leve que a filha estava naquele dia.
Assim que chegaram, Raquel veio recebê– los na porta.
– Olá, Ana Luiza! Já ouvimos falar muito de você! – falou sem se importar com a contrariedade da filha que ficara envergonhada – Eu sou a Raquel – disse também se aproximando para cumprimentá– la com um abraço.
– Prazer, Raquel. Muito obrigada pelo convite! Belle disse que sua comida é uma delícia!
– Coisa de filha – disse modestamente – Entre e sinta– se à vontade! Já estou termimando o almoço – e então se virou – António – chamou o marido que já havia entrado – Vai colocando a mesa que a comida fica pronta em dez minutos!
– Vem, Ana, vou mostrar a casa para você – disse Belle pegando sua mão e puxando– a de cômodo em cômodo.
Quando finalmente chegaram ao quarto de Belle, Ana se demorou olhando todos os livros que a amiga tinha e conversaram sobre alguns até Raquel chamá– las para almoçar.
Ana Luiza foi servida primeiro. Raquel ia falando pelos cotovelos, explicando cada prato da mesa, que tinha muitas opções variadas. "Espero que goste disso" falava enquanto a servia, claramente tentando agradar.
– Está uma delícia, Raquel – falou Ana assim que deu a primeira garfada.
– Está mesmo, mãe. Obrigada – agradeceu Belle sorridente.
Os pais estavam nas nuvens vendo a filha tão feliz. Ana Luiza por sua vez também estava muito contente. Sentindo– se muito bem– vinda.
– A comida não só está gostosa como também saudável. António é nutricionista e eu cozinho. Fazemos uma ótima dupla!
– Isso é bom. Geralmente acabo comendo um monte de besteiras – comentou Ana.
– Sinta– se convidada para almoçar aqui sempre que desejar – disse António sinceramente.
– Obrigada, mas tomem cuidado se não vou aceitar sempre – brincou, Ana, que sentia– se muito à vontade ali com eles.
– Estamos falando sério, Ana. Pode vir sempre que quiser! Sem cerimônia – confirmou Raquel.
Durante a refeição conversaram um pouco sobre o que Ana Luiza gostava. Ela contou– lhes sobre seu interesse em História.
– Eu leio bastante. Gosto de estudar várias coisas sobre o tema... Meu problema são as contas – Ana brincou.
– Aí fica copiando os meus deveres – brincou Belle – Mas ela é muito boa em História sim... Sabe um monte de coisa! – contou para os pais – Já falei que ela vai acabar fazendo isso na faculdade.
– E não é o que você quer? – pergunta Raquel.
– Sei lá... Não pensei muito nisso... Mas sei que meus pais não iam gostar muito que eu virasse professora. Já implicaram com meu irmão numa época que ele pensou em fazer Educação Física.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Estrelas Verdes
RomansaIsabelle é nova na cidade e tem um passado doloroso que a impede de sorrir livremente. Isso até conhecer Ana Luiza, que muda a sua vida completamente.