25. O protocolo

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Adrian, Milana e Elora chegaram ao vilarejo de Dávia e foram rapidamente até o ferreiro que a plebeia conhecia. O ambiente era simples e as armaduras e espadas não tinham a mesma qualidade que as do castelo, mas o grupo tinha certeza que já seriam de grande ajuda para o duelo de Adrian.

Então, eles fizeram um acordo com o ferreiro, onde a espada e a armadura do príncipe estariam prontas em 10 dias e seriam pagas com 15 moedas de pratas. Adrian pagaria pelo serviço com o dinheiro que adquiriu com o trabalho em Olympa.

Assim que saíram do ferreiro, o trio conversou com alguns plebeus que não acreditaram que os herdeiros de Dávia estavam de volta. Um desses plebeus era Eliseu, o proprietário da loja de tecidos que Elora trabalhava. O senhor informou à antiga funcionária que a vaga dela não tinha sido preenchida e que a antiga casa que ela morava ainda estava sem novos inquilinos.

Elora ficou extremamente feliz com a notícia, então informou à Adrian e Milana que voltaria a trabalhar na loja de tecidos e os três morariam juntos até o dia do duelo. Obviamente, a casa não tinha o mesmo conforto e espaço que o castelo, mas os três concordaram em ter esse lar temporário e que eles seriam felizes nesse novo lugar.

***

No dia seguinte, alguns plebeus se aglomeraram em alguns pontos do vilarejo para ler o novo Comunicado Real. Nele, foi informado o duelo entre Adrian e Oliver e que aconteceria em duas semanas. Quando Adrian e Milana foram até um grupo, foram recebidos por palavras de apoio. Todos acreditavam no potencial do príncipe e, com a vitória de Adrian, Dávia voltaria a ser o reino próspero que era no reinado de Otto.

Mesmo com o apoio do povo, os irmãos estavam preocupados, pois até a armadura e a espada ficarem prontas, Adrian teria que treinar para o duelo e Milana possuía apenas uma espada. Felizmente, um senhor de idade, que fora um guarda real em outro reino, decidiu emprestar a sua antiga espada para o príncipe para que o mesmo pudesse treinar com Milana.
Adrian agradeceu a solidariedade do senhor e se ofereceu para pagar pelo empréstimo, mas o homem recusou e disse “Apenas vença esse duelo e seja o rei de Dávia”. Assim que o jovem conseguiu a espada, Milana sugeriu que eles começassem a treinar naquele instante.

Então, foi o que aconteceu. Enquanto Elora estava na loja de tecidos, os irmãos foram uma área um pouco afastada de Dávia, onde eles poderiam treinar sem nenhuma distração.

***

Cerca de três dias se passaram, o vilarejo foi surpreendido por dois cavalos da Guarda Real. Em um deles estava Cassius e em outro estava Agnes. Os dois preceptores observavam atentamente cada comércio do vilarejo até que um rosto familiar na loja de tecidos chamou a atenção de Agnes.

Rapidamente, ela foi até o local e viu que Elora estava atendendo uma senhora. Assim que as pessoas no local notaram a presença de Agnes e Cassius, que estava atrás dela por uma questão de segurança, elas ficaram em silêncio, já que a conversa era com Elora e que teria um tom sério.

Pedindo licença à Eliseu, a plebeia saiu do local com os preceptores e perguntou curiosa.

— Agnes... O que faz aqui?

— Eu estou à procura de Adrian e Milana. É um assunto de extrema urgência.

— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa no castelo?

— Não se preocupe, Elora. -Cassius a tranquilizou e lhe deu um leve sorriso. — É uma ótima notícia.

Elora percebeu que Agnes segurava um pergaminho amarelado e questionou.

— O que é isso?

— Ontem o rei Oliver solicitou que os criados fizessem uma limpeza geral em documentos que ele trouxe do exílio. Um desses documentos... Eu trouxe comigo porque é extremamente importante.
Agnes entregou o pergaminho para Elora, que o abriu cuidadosamente, leu o conteúdo do documento e exclamou extremamente extasiada.

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