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JACK GILINSKY • CALIFORNIA

Chegamos em casa felizes e alegres, a exposição foi um sucesso. Antes de virmos para casa, passamos em um restaurante e almoçamos.

- O Isaac chega que horas mesmo? - A Beatrice pergunta.

- Umas 12:40, 12:50, quase 13:00. Por que?

- Estranho. São 13:10 e ele ainda não chegou. - Ela fala, olhando a hora no celular.

- Ele deve estar na casa do Alex ou preferiu voltar andando. Não sei o que deu nele pra querer voltar andando agora. - Suspiro e passo a mão no cabelo, lembrando a discussão de ontem.

- Às vezes, um pouco de ar puro é bom. Ficar muito dentro de um carro, as vezes é cansativo e chato. - Fala. - Até eu sou assim, as vezes vou andando para a faculdade.

- Vocês são doidos, isso sim.

- Papai, papai! - A Luna desce as escadas correndo.

- O que foi filha? - Pergunto.

- O Isaac arrumou o quarto finalmente! Não é mais aquele lixão horrível. - Ela fala e nós rimos.

- Como sabe que ele arrumou? - A Beatrice pergunta enquanto tirava sua jaqueta de couro.

- Eu acabei de entrar lá.

- Não deve entrar nos quartos sem a permissão dos donos, Luna. - Falo. - Ainda mais quando ele não está em casa. Acho que ele não gostaria.

- Verdade, me desculpem. - Fala. - Posso ir brincar agora?

- Pode sim. - Ela sorri e vai correndo para o jardim.

- Pode parecer que não, mas lá na galeria é frio pra caramba. - Ela dobra sua jaqueta.

- Verdade, eu achava que não iria estar frio e me ferrei. - Rimos.

- Ainda bem que acabou essa temporada de exposição. Agora, só daqui a 2 meses. - Ela abre a porta do nosso quarto.

- Está de férias? - Tiro minha camisa.

- Basicamente. Vou conciliar um mês para produzir e outro para relaxar. - Fala. - Acho que fica bom. Você concorda? - Me perco em meus pensamentos enquanto a observava. - Jack?

- Oi, me desculpa. - Falo. - Eu estava pensando aqui e acabei me perdendo.

- O que foi? - Vem até mim.

- Nada, está tudo bem.

- Tem certeza? Você não fica assim do nada.

- É que... eu estava reparando em você e eu fiquei pensando que eu tenho muita sorte de ter você comigo.

- Ai meu Deus. - Fala sorrindo. - Que bonitinho amor.

- É sério. Depois de tudo o que aconteceu uns anos atrás, eu mudei, tudo mudou e agora estamos aqui. Me arrependo até hoje de tudo de ruim que fiz pra você e seu pai.

- Está tudo bem Jack, já passou. Como você disse, você mudou, tudo mudou e agora estamos aqui. Felizes com a companhia um do outro. - Sorri. - Eu também sou muito grata por ter você em minha vida. Eu te amo tanto, que você não tem noção.

- Eu também te amo muito minha princesa. - Lhe dou um beijo suave. Só Deus sabe o quanto eu amo essa mulher.

- Vou tomar um banho. O que temos pra hoje?

- Acho que nada. - Falo. - Estou livre o resto do dia.

- Então o que acha de ficarmos juntos nesse tempinho? - Me abraça.

- Acho ótimo. - Sorrio. - Faz muito tempo que não tiramos um tempinho pra gente.

- Sim, verdade. - Lhe dou um selinho e ela vai para o banheiro.

...

- O que foi? - A Beatrice pergunta. - Você está estranho. Aconteceu alguma coisa? - Não respondo de primeira. - Sou eu? - Ela se senta na cama e me olha.

- Não, não é nada com você amor. - Me sento na cama. - É só preocupação.

- Está preocupado com o Isaac, não está? - Pergunta e eu assinto.

- Ele não voltou até agora e isso está me deixando preocupado. - Falo e vejo a hora no celular. - Já são 17:30 e ele ainda não voltou.

- A discussão de ontem deve ter mexido com ele, assim como mexeu com você. Ele deve ter saído da escola e ido andar um pouco, pra espairecer a mente. - Fala e me puxa delicadamente para deitar em seu colo. - Você devia fazer o mesmo.

- Eu espaireço lá na academia. Batendo nos sacos de pancada. Me sinto mil vezes mais leve. - Falo.

- Cada um tem sua forma de espairecer, porém, nada se compara ao ar livre. Eu amo ir no jardim para pensar um pouco ou até mesmo relaxar.

- Nunca experimentei.

- Experimente um dia, é maravilhoso. Dá até vontade de dormir lá fora, de tão gostoso que é. - Sorri. - E sobre o Isaac, se acalme. Ele é adolescente, a escola cobra muito dele, então o deixe livre um pouco.

- Não devemos ser forte o tempo todo, não é? - Pergunto.

- Não mesmo. Todo mundo tem fraquezas, e são elas que nos tornam mais fortes, de uma certa forma. - Fala.

- Você devia ser psicóloga sabia?

- Ah é? - Ri. - Artista, arquiteta e psicóloga, que ótimo currículo.

- Você se expressa e fala tão bem, de maneira suave e sabe muito bem escolher as palavras.

- Acho que vou dar uma pesquisada sobre isso. - Fala. - Vamos descer pra comer? Estou com fome e a Luna também deve estar.

- Vamos sim. - Falo. - Vou dar uma ligada para o Isaac, pode ser?

- Pode, mas não se desespere caso ele não atenda. Geralmente, quando saímos para pensar, nos desligamos totalmente do celular.

- Ok. - Falo e pego meu celular.

Disco seu número e ligo, cai na caixa postal, como a Beatrice disse que talvez aconteceria. As vezes eu acho que pego muito pesado com o Isaac. Tenho que mudar isso.

ᴍᴀғɪᴀ 3 ✦ ᴊᴀᴄᴋ ɢɪʟɪɴsᴋʏOnde histórias criam vida. Descubra agora