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ISAAC GILINSKY • CALIFORNIA

Agradeço ao motorista e saio do carro. Interfono e logo o grande portão abre. Já avistava a Luna brincando no jardim com suas barbies e o meu pai na piscina.

- Oi, cadê a minha mãe? - Pergunto.

- Está lá em cima pintando. Ela não quis descer. Logo hoje, está o maior calor.

- Ok, obrigado. - Vou para dentro de casa, mas meu pai me para.

- Como foi com o Alex?

- Foi normal ué, eu só fui entregar o jogo.

- Ele e a Pâmella estão bem? - Pergunta.

- Sim. - Falo e finalmente entro em casa.

Vou para o meu quarto e pego uma roupa qualquer, tomo banho e me visto. Não estou muito afim de ficar lá embaixo, me estressei demais hoje com o Alex, que ódio, eu odeio discutir com ele porque parece que ele não está dando a mínima para o que você está falando e ainda debocha.

Vou rapidinho no estúdio de pintura da minha mãe, mas ela não estava lá. Vou no quarto dela e ela estava sentada na cama, lendo um livro que eu não consegui identificar qual era. As janelas estavam fechadas mas as cortinas abertas, o ar-condicionado ligado e a TV ligada numa música ambiente, acho que era um lo-fi.

- Mãe? - A chamo.

- Oi filho, entra. - Marca a página e fecha o livro. - Senta aqui. - Bate na cama. - Como foi lá? O Alex está bem?

- Está sim, está tudo bem. - Falo. - Eu meio que... briguei com ele.

- Brigou com o Alex? Mas por quê?

- Porque ele furou com você de novo. - Falo. - Falei muito pra ele, quase que a gente saiu no soco.

- Isaac, não precisava disso. Seu pai iria conversar com ele depois. - Fala.

- Eu não me aguentei. Eu precisava fazer aquilo.

- Estão de bem agora? - Pergunta.

- Não sei. - Falo. - Não sei quando vamos nos ver ou nos falar novamente.

- Só você mesmo. - Fala. - Vai tomar banho de piscina, está calor.

- Não estou muito afim. Me estressei demais. - Rimos. - Por que você não vai?

- Não posso. - Fala. - Não queremos a água vermelha, não é mesmo? - Fala rindo.

- Se precisar de algo, me chama. - Beijo sua bochecha e saio do quarto.

Vou no meu quarto e pego o dinheiro que havia sobrado da minha mesada, coloco no bolso e saio.

- Vou na rua.

- Vai aonde? - Meu pai pergunta.

- Vou ali comprar uns biscoitos, deu vontade de comer. - Falo.

- Tabom. Cuidado. - Fala.

Saio da casa e vou até o mercado que tinha na rua seguinte. Entro e pego alguns biscoitos e uns refrigerantes em latinha, coloco no carrinho e vou andando por lá procurando outras coisas.

- Oi! - Uma mulher fala.

- Oi? - Falo.

- Você é o Isaac Gilinsky, não é? - Pergunta.

- Sou. - Falo e sorrio.

- Posso tirar uma foto? - Pergunta.

- Pode sim. - Tiramos uma foto e nos abraçamos.

- Obrigada, sou muito sua fã e você é muito simpático. - Fala e eu agradeço.

Continuo meu trajeto pelo mercado, agora eu estava à procura de chocolates. Acho os que eu queria e os coloco no carrinho. Vou para o caixa e pago tudo o que eu comprei.

Indo de volta pra casa, vejo a mesma mulher que vejo às vezes, aquela que parece estar fugindo sempre que eu a avisto. Ela estava conversando com a mulher que pediu para tirar foto comigo, no outro lado da rua.

Enfim, ignoro, sigo o caminho para casa segurando as minhas sacolas. Chego em casa e todos haviam entrado, meu pai tinha ido dormir junto com a minha mãe e a Luna estava na sala vendo desenho. Deixo as sacolas na cozinha e vou para o meu quarto.

ᴍᴀғɪᴀ 3 ✦ ᴊᴀᴄᴋ ɢɪʟɪɴsᴋʏOnde histórias criam vida. Descubra agora