ISAAC GILINSKY • CALIFORNIA
- Oi. - Minha mãe bate na porta e entra no quarto, em seguida entram meu pai e o Alex. - Podemos conversar um pouquinho? Tem gente aqui que não sabe de tudo ainda. - Olho para o Alex.
- A Luna já foi dormir? - Pergunto e eles assentem.
Todos se sentam na minha cama e eu me sento na cadeira.
- Primeiramente, eu queria pedir desculpas pra vocês. - Falo e brinco com meus dedos, um pouco nervoso. - Eu sei que errei, agi por impulso, eu deveria ter contado que ela estava me perseguindo mas não contei por medo. Eu estava com medo do que ia acontecer, de como vocês iam reagir e... infelizmente acabei fazendo besteira. Mais uma vez, me perdoem. - Termino de falar e a minha mãe pega minha mão, deixando um carinho nela.
- Te desculpamos. - Meu pai diz. - E eu queria pedir desculpas pra vocês dois. - Eu e Alex nos entreolhamos. - Eu fui um péssimo pai pra vocês e eu queria me desculpar por isso. Sei que é um pouco tarde pra isso, já que vocês já tem 25 e 16 anos. - Ele ri, provavelmente nervoso, já que desviava o olhar toda hora.
- Te desculpamos pai. - Falo. - Está tudo bem e ficamos felizes por você ter mudado e estar mudando pra melhor cada vez mais. - Sorrimos.
- Eu... preciso te dizer uma coisa. - Minha mãe diz. - A Sarah que nos contou onde você estava. Fomos na escola e ela era nossa única esperança. Ela acabou no falando porque não aguentava mais o bullying excessivo que estava sofrendo.
- Ela me disse em ligação que estava mal e eu... não dei importância. Me arrependo por isso, ela só queria o meu bem e o bem de vocês.
- Tínhamos planejado ficar um pouco mais de tempo da Itália, mas... a mãe dela me ligou e eu achei melhor voltarmos logo.
- O que houve? - Pergunto.
- Ela está no hospital.
- A Sarah? - Pergunto sem acreditar e minha mãe assente. - Como assim, isso não pode...
- Ela estava se cortando e não estava comendo direito, já não tinha mais apetite. Em casa, sentiu uma tonteira muito forte e a mãe dela a levou correndo pro hospital.
- Isso foi ontem?
- Não, faz uns dias, mas ela só me disse ontem. Acho que ela já acordou e eu acho que você deveria ir visitá-la.
- Eu posso ir agora? - Me levanto da cadeira.
- Não, agora não, só amanhã.
- Eu tenho uma grande parcela de culpa nisso. - Falo enquanto andava pelo quarto.
- As meninas foram transferidas para outro colégio, em outra cidade.
- Pelo menos isso. - Falo. - Por favor, me levem amanhã no hospital, eu preciso vê-la.
- Vamos te levar sim. - Meu pai diz. - Agora acho melhor você ir dormir, tivemos um dia muito conturbado e precisamos descansar.
Assinto e minha mãe beija minha testa.
Eles saem do meu quarto e eu arrumo o resto das coisas. Arrumo minha cama pra dormir e finalmente posso ir tomar o meu banho.
Vou tomar banho com a cabeça cheia de pensamentos, nada me faz parar de pensar na Sarah, que está no hospital por minha culpa. Se eu tivesse escutado ela, nada disso teria acontecido. Quando ela me ligou e disse tudo aquilo, não dei a mínima, pois eu achei que ela estava exagerando. Mas, agora percebi que não. Era tudo verdade e eu fui um idiota.
Vou tentar consertar isso, capaz dela não querer mais falar comigo. Mas vou me sentir melhor se eu tentar me desculpar. Não sei o que passou na minha cabeça, como eu pude acreditar na Danielle? Pelo amor de Deus isso está fora de cogitação.
Nunca fui tão burro quanto eu fui nesses últimos dias. Estou impressionado comigo mesmo.
Finalmente me deito na cama para ficar olhando pro teto a madrugada toda, porque dormir, eu não vou conseguir nunca.
Vou tentar aproveitar esse final de semana pra ficar com minha família antes de voltar pra escola e para as mídias sociais. Vou voltar depois que meus pais derem seus posicionamentos, pra quando eu aparecer, não me encherem de perguntas. Óbvio que vão ter milhares de pessoas perguntando mas não tanta gente se eles se posicionarem logo.
...
- Boa tarde, fugitivo. - O Alex fala enquanto entrava no quarto, me acordando.
- Isso não tem graça. - Falo e me sento na cama.
- Dormiu bem? - Se senta na ponta da cama.
- Não. Não dormi nada. - Falo e esfrego os olhos.
- Já são 13:00.
- Por que não me acordaram antes? - Pergunto. - Eu preciso ir ao hospital, e...
- Nossos pais já foram lá fazer seu cadastro, o horário de visita é às 14:00.
- Entendi. - Me levanto e estico meu corpo. - Muito obrigado por ter me deixado dormir mais um pouco, eu precisava.
- De nada. - Se levanta. - Preciso arrumar minhas coisas, vou voltar pra minha casa.
- Já?
- Sim ué. Você já apareceu, está tudo bem agora.
- Ah, ok. - Falo.
- Preciso rever algumas coisas e quero voltar a trabalhar.
- No que está pensando?
- Quero voltar a ser chef de cozinha.
- Que bom. Você vai conseguir. É inteligente e talentoso. - Ele sorri e sai do quarto.
Me levanto da cama e arrumo a mesma. Vou para o banheiro, tomo um banho rápido e logo desço para comer.
- Bom dia. - Meu pai entra em casa.
- Bom dia, vamos agora? - Pergunto enquanto comia os biscoitos na velocidade da luz.
- Sim, sua mãe está no carro. E se acalma, come devagar, não precisa correr.
- Estou ansioso e nervoso.
- Vou só pegar uma coisa lá em cima e volto.
Termino meu café da manhã/almoço e lavo minha louça. Me despeço do Alex e da Luna e vou logo para o carro.
- Bom dia mãe. - Falo com ela.
- Bom dia meu amor. - Vira para trás. - Comprei essas flores pra você dar pra ela. - Me entrega um mini buquê de flores brancas.
- Obrigado mãe.
Logo meu pai entra no carro e fomos para o hospital.
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ᴍᴀғɪᴀ 3 ✦ ᴊᴀᴄᴋ ɢɪʟɪɴsᴋʏ
Fanfiction+ jfg || Narrada nos pontos de vista de Isaac, Beatrice e Jack Gilinsky, a continuação da história dessa família, mas dessa vez, confissões e casos virão à tona. Manipulações, decepções e revelações, tudo ao mesmo tempo, para a mesma pessoa. Como se...