Capítulo 22

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Jasmine

- "Não vou deixar você ir a esse lugar sozinha." - Anthony diz.

Eu tive que dizer ele para onde estava indo já que ele estava me vigiando. Desde que começamos a trabalhar lado a lado, ele tem estado muito pendente de mim. Ele via se dado conta que de eu que estava indo em algum lugar e acabou me parando.

- "Não se meta em meu caminho. Tenho se descobre um pouco da história por trás dos meus sonhos. Isso não é normal." - digo e ele franze o cenho.

- "Isso eu já sei. Eu também tenho sonhos estranhos, mas não estou perdendo a cabeça por esse motivo. Não sabemos o que a civilização que reside nessa região esconde e tão pouco sabemos se as suas intenções são boas ou ruins." - ele disse e eu suspiro ao me dar conta de que ele tem razão.

- "Se você tivesse razão, eles teriam me deixado morrer quando caímos naquele buraco. Por que me salvaram? Deve ter uma explicação pra isso e é isso que eu quero saber. Além do mais, aquele homem que apareceu no acampamento a alguns dias, disse que tudo isso tinha alguma relação com a minha mãe." - digo e sinto o meu coração acelerar.

- "O que sua mãe tem a ver com tudo isso?" - eu o fulmino com o olhar.

- "É isso o que eu quero descobrir e você não está deixando. Se você quiser pode vim comigo e averiguar isso, tudo bem pode vim mas se não quiser, saia da minha frente e me deixe ir. Isso está acabando com a pouca paciência que me resta. Esse lugar tem alguma coisa relacionada à minha mãe e também a você." - digo irritada.

- "Comigo?" - ele pergunta surpreso.

- "Sim. Agora se você não se importa, quero saber o que eles estão escondendo e a única forma de saber é falando com esse homem. Então, ou você vem comigo ou você fica. Não há outras opções." - digo e minha perna começa a ter um tic nervoso.

- "Você está um pouco estressada. Acho melhor te deixar sozinha. Não quero ter que lidar com uma garotinha problemática. Já tenho problema o suficiente para decifrar aquelas caixas, não vou ir para nenhum lugar com você só pra me arrumar mais problemas." - ele diz irritado.

- "É uma pena que você pense assim. O homem também falou sobre você. Mas suponho que você tenha razão em algo, isso não te importa." - digo passando do seu lado e eu apenas escuto ele suspirar.

Pego uma bolsa, guardo uma garrafa d'água e um pacote de biscoitos de avelã. Essa é a única coisa que me ocorre de levar. Suponho que eles tem comida lá. Pego a minha bolsa e saio da minha barraca. Suponho que tenho que ir para o lugar onde nos deixaram na outra vez. Me lembro mais ou menos onde fica. Tenho a sensação que estou supondo muitas coisas, mesmo sem conhecer o que eles querem me mostrar.

Por quê não tenho medo do que posso encontrar? Por que continuo pensando que é o melhor? Por que tenho a sensação de que posso descobrir será pior que estou imaginando? E o pior... Por que acredito que minha mãe está mais ligada a essa vida e foi por isso que ela desapareceu?

Tenho tantas perguntas em minha cabeça e nenhuma tem sido respondida. Um: Por que meu pai nunca fala dela? Dois: Por que ninguém conheceu minha mãe além do meu pai e de Frank? E Frank não está me dizendo nada.

Caminho tranquilamente até o lugar até que seguram o meu braço, me viram de forma brusca para me fazer encará-lo.

- "Você não vai a lugar nenhum se você não estiver comigo. Não confio nessas pessoas. Mesmo que eles digam que o que aconteceu há alguns dias, foi um erro. Foram eles que machucaram Frank e deixou vários homens feridos. Se você vai falar com eles, eu vou com você. Não gosto do que está acontecendo, mas não vou te deixar sozinha." - Anthony diz completamente irritado e me surpreendo.

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