Capítulo 33

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Anthony

Jasmine estava se banhando a uns poucos metros de mim e devo confessar que eu estava tendo sérios problemas com aquela visão. Ela é uma mulher muito sensual e é a primeira vez que eu havia me dado conta disso. Seu corpo era muito tentador e podia ser um problema para qualquer pai protetor. Como eu não havia me dado conta disso até agora?

Nós havíamos tirado uns minutos para descansar e para podermos tirar o suor que havia ficado em nossos corpos por causa do trabalho. Robert e Frank se aproximaram de nós para saber como estamos e Jasmine os mostrou o que havíamos descoberto. Eles suspeitaram e acariciaram as caixas como se algo nelas fossem familiar. Isso era impossível, a não ser que eles fossem reencarnações.

Nos trouxeram água e comida para que pudéssemos continuar trabalhando. Frank havia comentado que eles estão trabalhando na parte oposta a nós, eles haviam encontrado esqueletos com os quais estavam trabalhando. Vi como se afastaram. Olhei para ele com os olhos semicerrados e pensei. O que mais eles estão escondendo?

Volto o meu olhar para a mulher que estava chamando a minha atenção e suspirei frustrado ao me dar conta de que Jasmine já estava se vestindo.

- "Era exatamente isso que eu precisava para recuperar minhas energias. Nós estamos trabalhando arduamente nisso, e isso havia me cansado tanto psicologicamente quanto fisicamente." - Jasmine diz, ela sorri pra mim enquanto penteia seu cabelo.

- "Ainda nos resta a metade da história. Você está pronta para continuar?" - pergunto.

Jasmine é quem tem que fazer todo o trabalho. Ela sorri pra mim e eu sinto que não há nada mais maravilhoso do que vê-la sorrir. O que está acontecendo comigo? Não pode existir nada entre nós, mas essa relação fez com que meus sentimentos tenham mudado. Algo nos une e isso não se pode negar. O mal é que não estou seguro que seja bom, já que pelo o amor equivocado de uma mulher, já causou muitas mortes no passado.

- "Sim. Estou completamente descansada, então está na hora de continuar." - ela diz e sorri.

Lhe entrego a caixa número 8 e ela suspira, endireita os seus ombros e começa a ler para depois traduzir. Me deixa assombrado a habilidade que Jasmine tem para traduzir algo escrito em um dialeto de mais de 500 anos atrás. Até o momento não conseguimos decifrar o ano exato que isso aconteceu. Então nós podemos estar falando de um dialeto de mais de 500 anos ou até mesmo de mais de 5.000 anos.

"Tempos depois começou a correr o rumor, que em algum lugar do deserto uma nova civilização estava surgindo. Era uma civilização igual a do chefe, com os mesmos benefícios e as mesmas características. Isso chamou a atenção dos poucos membros que restavam, eles comunicaram ao chefe e foram investigar. Tal como diziam as más línguas, o povoado próximo tinham de tudo enquanto eles, não tinham nada. Os homens que chegaram ao novo povoado, se deram conta que seu líder não era nada mais nada menos que uma mulher. Sua pele era branca como a neve e sua beleza era única. Não era comum que uma mulher fosse a líder de um povo, e ainda mais que a respeitassem e a protegessem tanto. Uma noite, os homens foram até lá e descobriram vários pontos fracos do lugar. Com isso, eles poderia pegar a mulher e assim terem algo para negociar por comida. Um animal selvagem, com olhos vermelhos e grandes garras apareceu em seu caminho, o animal os deixou muito feridos mas conseguiram voltar para seu povoado de origem, e enquanto agonizavam contaram da melhor forma de podia ao chefe o que haviam descobrido. Tempos depois, esses homens morreram e o chefe já tinha um plano em mente."

- "E seguimos com mais mortes. Será que o passado sempre deve estar ligado ao sangue?" - Jasmine pergunta de repente.

- "O que?" - digo. Eu não esperava por essa pergunta.

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