Reencontro

2.9K 281 57
                                    


- Bem, vou deixar vocês conversarem. Aposto que serão bons amigos. Podemos é dar uma nome pra turma de vocês, hein... Que tal "Gangue dos Amigões"?

Diante da cara de reprovação dos cinco, Alice escondeu o sorriso e se retirou.

- Que bom revê-los. – Disse Ernesto – Eu poderia dizer que o tempo fez bem para vocês, mas eu estaria mentindo. Apesar que, você gordinho, ficou menos assustador sem aquela pança albina aparecendo.

Willy enrubesceu.

- Ê maluco, cê acha que tá falando com quem, hein? Willy não é gordo não tá, ele só tá meio inchado...

Willy arregalou os olhos e se virou para Betinho.

- Betinho...

- Calma aí Willy, deixa eu falar com esse maluco. O Willy tá inchado, mas não é inchaço de gordura não viu véi, é inchaço de comida...

- Betinho...

- Calma aí... E ele pode desinchar quando ele quiser, tendeu? É só ele parar de comer igual um cavalo, porque tu sabe que cavalo come né? Apesar que acho que ele tá mais pra um elefantinho...

- Betinho, pode deixar...

- Mas um elefantinho dos magro...

- BETINHO!!! – falou Willy, num tom mais elevado – Já me ajudou o suficiente, ok?

Betinho ficou balança a cabeça em afirmação, enquanto dizia:

- Pode contar sempre comigo, irmão.

Ernesto suspirou:

- Acho que vocês não precisam da minha ajuda pra passarem vergonha né? Já fazem isso muito bem sozinhos. Totalmente cringe.

- Vergonha quem passa é tua mãe, ô seu cabeça de côco verde. Onde você compra a lona de caminhão que usa pra fazer um boné que dê nesse cabeção, hum? E meu nome é Betinho, não crixi.

- Não é crixi, é cringe. – Rebateu Ernesto.

- Já falei que é Betinho, não crinsti.

Ernesto revirou os olhos.

- Desisto. É mais fácil ensinar um tamanduá-bandeira dançar tango do que me comunicar com você!

- Tú que acha, mas nem é tão difícil não, tá? Eu também consigo ensinar um tamanduá a usar tanga. Tudo bem que o bicho é meio peludo... quem sabe se não for uma tanga muito pequena...

Enquanto Betinho argumentava, Helena sussurrou pra Gabriel:

- Eu tô louca ou eu escutei aquele menino ali dizer que vai por uma tanga num tamanduá?

Gabriel respondeu, com cara de dúvida também.

- Foi o que eu escutei também... Que parte da história a gente perdeu?

A menininha deu de ombros e voltou a escutar a discussão.

- E também não sei o que o tamanduá de tanga tem a ver com o que nóis tamô discutindo. Você foi muito babaca deixando a gente preso no banheiro no dia do casamento. Vacilou, moleque. Sorte sua que cê é irmão da tia Alice, senão eu ia quebrar a tua cara.

- Vocês que começaram, "irmão"! O "irmão" aqui podia ter quebrado o nariz naquela sua brincadeira; e eu perdi a valsa de casamento da minha irmã, por sua causa. Eu não ia deixar barato.

- Mas foi um mal entendido, eu não mandei vocês de propósito pro banheiro errado. É que eu tenho uma certa dificuldade em saber qual é a direita, e a esquerda...

Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2Onde histórias criam vida. Descubra agora