Provocações

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- Eu preciso que vocês saiam. Daqui em diante isso é trabalho da polícia. - disse Allan, em direção a Sezão, Johnny e Ed.

- Da mesma polícia que não quis investigar o desaparecimento antes de 72 horas? - respondeu Johnny.

Ed, Alice, Sezão e Carlos olhavam atentamente os dois; quase podiam ver as faíscas surgindo entre eles.

- Eu não preciso discutir os procedimentos da polícia com você, senhor John Dollar. Você pode até mandar lá na sua empresa, mas aqui você é um cidadão igualzinho qualquer outro.

Johnny ficou vermelho de raiva.

- Pois esse cidadão aqui, junto com os demais, é que paga seu salário. E sabe do que mais? Diego é praticamente da minha família, e eu quero saber SIM a respeito desse caso.

Allan deu um passo em direção a Johnny, e os dois ficaram se encarando. Sezão, que até então estava assistindo tudo sentado em uma poltrona, ficou em pé, pronto para separar uma possível briga.

- Então se você se importa mesmo, nos deixe trabalhar. Você não é perito, nem detetive, não tem experiência em como conduzir uma investigação de desaparecimento, então pare de agir como um menino mimado e saia da minha frente.

- Olha aqui seu...

Johnny ia avançar em Allan, mas Sezão entrou na frente.

- Eieiei gente, calma aí. Isso não é hora de briga não. Não esqueçam que temos algo urgente pra pensar: temos que achar o Diego. Cada minuto que passa... vocês sabem... as chances diminuem.

Allan balançou a cabeça concordando, e olhou para Johnny com um "meio sorriso" sarcástico.

Johnny baixou os olhos, envergonhado por estar brigando enquanto seu amigo poderia estar sofrendo em algum lugar.

- Você está certo. Vamos embora. - falou, com a cabeça abaixada, e começou a caminhar em direção a porta.

Quando Alice passou em frente a Allan, ele perguntou:

- Quer uma carona?

Sezão arregalou os olhos.

- Mas que droga... - sussurrou Ed.

Johnny retornou para perto de Allan e disse.

- Você acha que a minha esposa não tem quem a leve pra casa?

Allan semicerrou os olhos.

- Achei que você ia para empresa. Sei que caras como você sempre priorizam o dinheiro. Então, só quis ser gentil.

Ed interferiu.

- Ah cara, não seja babaca.

Allan levantou as mãos, como um pedido de desculpas.

- Desculpa, não achei que seria mal interpretado.

Ed e Alice puxaram Johnny, para acalmar logo a situação.

Assim que Ed, Alice e Johnny saíram, Sezão se aproximou de Allan.

- Detetive Allan, né?

- Isso mesmo, a seu dispor.

- Da próxima vez que você usar uma situação crítica como essa para perturbar ainda mais meu amigo Johnny, eu vou esquecer que você é detetive e vou te encher de porrada. Não tô nem aí se vou pra cadeia. - ele fechou a mão e a levantou até próximo do rosto do policial – Eu arranco esse seu sorrisinho dessa sua cara, custe o que custar.

Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2Onde histórias criam vida. Descubra agora