Testando

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Alice gostaria de ter ido com Johnny para a empresa, mas foi pega de surpresa por uma visita: Catherine, sua sogra, tinha aparecido para combinar uma nova data para o jantar. Além disso, Johnny havia contado à mãe que Alice estava nervosa, e achou que uma boa conversa entre elas iria acalmá-la.

As duas conversavam animadamente na sala, sentadas no sofá uma ao lado da outra, enquanto tomavam um suco de laranja.

Ernesto, que estava na cozinha comendo um pudim que sobrara do jantar do dia anterior, passou pela sala em direção a porta de saída. A princípio andou pé-ante-pé, evitando incomodar as duas mulheres; porém logo percebeu que elas estavam empolgadas demais para lhe dar qualquer atenção, então continuou andando normalmente.

Assim que abriu a porta para sair da casa, deu de cara com Betinho, que estava com a mão erguida, pronto para bater.

- Uia moleque, quer me matar de susto. Como é que tú adivinhou que eu ia bater?

Quase saiu da boca de Ernesto que tudo não passara de uma grande coincidência, mas calou-se quando percebeu ali uma grande chance de zoar Betinho.

- Eu aprendi com a família Dollar técnicas de telepatia.

- "Tele" o quê?

- Telepatia. A capacidade de me comunicar com a mente.

- E porque você quer se comunicar com a mente? Não dá só pra pensar e deixar a boca falar no automático?

"Ai minha Santa Conceição da Paciência Zero, me ajuda!", pensou Ernesto.

- Entra, por favor. Esse é um assunto confidencial, ninguém além de nós pode escutar.

Betinho arregalou os olhos, muito interessado. Adorava assuntos "misteriosos".

- Quando eu falei "me comunicar com a mente", não estava dizendo que quero me comunicar com a minha mente... isso sim, é automático. Quis dizer que posso me comunicar com a mentes dos outros.

- Então tu quer dizer o que? Que cê leu minha mente?

- Na realidade eu tentei me comunicar cm ela, mas sua mente não me respondeu.

Betinho riu.

- Hahaha mas é lógico que cê não ia conseguir né? A maioria das vezes ela não respondeu nem eu, até parece que ia responder alguém de fora.

Ernesto suspirou e fechou os olhos, antes de prosseguir.

- Então, como eu estava dizendo... eu tentei me conectar com a sua mente, mas não consegui. Mas consegui sentir a sua aproximação. Então vim até aqui abrir a porta pra você.

Betinho olhou desconfiado.

- O papo da mente até que eu acredito... mas você sendo gentil? Isso é meio difícil de engolir.

Ernesto sacudiu os ombros.

- Tanto faz. Eu poderia até te ensinar, mas como você não acredita...

- Ei, espera aí! Você pode me ensinar esses truques aí?

Ernesto sorriu.

- Claro! Você é um cara com uma cabeça bem grande, deve caber algum conhecimento aí no meio de tanto vento.

- He-he, valeu. - Betinho desmanchou o sorriso e ficou sério. - E como vou saber que você não tá me zoando?

Ernesto apontou para Alice e Catherine.

- Vamos fazer um teste. Você conhece aquela senhora que está conversando com a minha irmã?

- Claro, é a mãe Dollar. Pense numa tia que parece a riqueza em pessoa. Acho que quando ela vai fazer o nº 2 sai um monte de pó de ouro brilhante.

Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2Onde histórias criam vida. Descubra agora