Diego contou tudo aos amigos, antes de qualquer um deles considerar que deviam avisar a polícia. Tão logo foi avisado, Allan chegou na mansão de Johnny e Alice, e Diego contou novamente toda a história, com todos os detalhes que sua memória ainda em choque e seu corpo exausto permitiram.
- Isso é fascinante, meu caro! É digno de uma história de suspense. – falou Allan.
- Está mais para história de terror. – comentou Wanda.
- Isso tudo é uma loucura. Será que esse cara tem uma vida normal? Tipo, é professor em alguma escola, ou gerente de um banco ou, sei lá, caixa de um supermercado? Será que alguma de nós já cruzou alguma vez com ele por aí, sem saber que estava diante de um psicopata preconceituoso? – indagou Alice.
- Olha – respondeu Diego, seriamente – se eu não tivesse escutado cada absurdo que saiu da boca daquele louco, e simplesmente o encontrasse na rua, nunca desconfiaria. Às vezes achamos que é fácil reconhecermos as pessoas monstruosas, mas a realidade é que elas andam por aí, disfarçadas entre nós. É impossível somente com o olhar adivinhar o caráter de alguém.
- É por isso que se chama preconceito. PRÉ-CONCEITO. Estabelecemos um conceito do que achamos ser real a respeito de alguém, antes mesmo de conhecê-lo. – respondeu Ed.
- A única coisa que é consenso entre todos nós é que esse cara é louco, e que precisamos tomar mais cuidado.
Todos concordaram com Wanda.
Johnny estava sentado num sofá mais distante e mantinha silêncio, só observando a conversa. Então, fixou os olhos em Allan e disse:
- Já tem alguém investigando as informações que o Diego passou? Pela descrição que ele deu, não deve ser difícil encontrar o local onde ele estava, e consequentemente o dono. Talvez você devesse estar ajudando na investigação, detetive, em vez de estar aqui batendo papo como se fizesse parte do nosso grupo de amigos.
Allan, que estava encostado na parede, deu um passo à frente.
- Eu não preciso estar atrás da minha equipe com um chicote na mão para saber que eles estão fazendo o melhor trabalho que podem. Não uso os mesmos métodos que você, senhor John Dollar.
Johnny ficou em pé e começou a caminhar em direção ao policial.
- Você quer conhecer os meus métodos, seu filho da...
Percebendo que as coisas estavam prestes a sair do controle, Sézão se pôs entre os dois.
- Calma aí "rapaziada", acalmem os ânimos, "belê"? Hoje é dia de alegria. Um milagre aconteceu, nosso amigo está de volta são e salvo. Vocês podem resolver o problema de vocês em uma outra hora.
Johnny e Allan calaram-se, mas somente Johnny pareceu constrangido.
- Isso mesmo meninos, vamos festejar! Eu tô vivo, eu nem acredito!
- A ocasião merece meu drink especial, o Wandupinga! Alice, cadê as bebidas?
- Vem comigo, vou te mostrar onde estão. Acho que todo mundo está precisando relaxar mesmo. – disse Alice enquanto saía da sala, acompanhada de Wanda.
Os homens sentaram-se novamente; o clima parecia estar mais leve, mas todos sabiam que era improvável que permanecesse assim por muito tempo, caso Allan e Johnny continuassem por perto.
- Cara, mas você acredita que o "malucão" ia mesmo te matar? Ou ele "tava" querendo dinheiro? – perguntou Sézão, fazendo o sorriso de Diego desaparecer.
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Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2
Ficción GeneralJohnny e Alice, agora recém casados, vivenciam as alegrias e as dificuldades de se adaptar ao estilo de vida um do outro, vindos de condições sociais tão diferentes. Nesta nova etapa eles também enfrentarão - junto com seus amigos Wanda, Sezão, Die...