Cinza.
Uma parede... cinza.
Linhas amarelas.
Dor.
Uma luz.
"Onde estou?", pensou Diego, enquanto seus olhos tentavam se acostumar com a claridade.
Assim que se deu conta que não reconhecia o lugar, tentou levantar rapidamente, mas acabou sendo puxado e permaneceu sentado. Percebeu então que suas mãos estavam presas com aros e correntes.
- Mas que droga é essa?!?
Olhou em volta; estava num cômodo pequeno, com no máximo três metros quadrados, paredes cinzas e uma cama de ferro, com um colchãozinho fino, coberto por um lençol branco. E só.
Nada de portas. Nada de janelas. Somente uma portinhola no teto.
Não achou que gritar seria uma ideia muito eficiente, mas não viu nenhuma alternativa.
- EIIII! ALOOOWWWW! ALGUÉM TÁ ME ESCUTANDO? ME SOLTA DESSAS CORRENTES!!! EU PROMETO QUE NÃO VOU REAGIR!!!
Silêncio.
- OLÁAA!!!! TEM ALGUÉM AÍ???
A maioria das pessoas certamente ficaria desesperada, mas Diego nunca se enquadrou nas maiorias. Para ele as coisas eram simples. O fato é que ele estava ali, preso, e aquilo significava algo ruim; porém, estava vivo, então – na visão dele – tinha 100% de chance das coisas saírem bem. Ele sempre foi adepto da ideia de que detinha o destino nas próprias mãos.
- OWWWW.... CARCEREIROOOO!!! PRECISO FAZER XIXI! VOCÊ NÃO QUER ESSE LINDO LENÇOLZINHO TODO SUJO E MOLHADO, QUER?
Tentou se desvencilhar das correntes, mas foi em vão.
Seu único recurso era gritar.
- PODE ME TRAZER UM POUCO DE ÁGUA??? ALOOOWWWWW!!! AMIGUINHOOOO!!!
Quando começou a achar que não adiantava gritar porque não tinha ninguém perto, a portinhola se abriu.
Ele olhou atentamente e esperou alguma comunicação.
Tudo o que viu foi uma mão e um braço, que nos 5 segundos que apareceu lhe jogou um papel, que caiu no chão, pertinho do seu pé esquerdo..
Diego se inclinou um pouco e conseguiu ler: "360789".
Ele olhou para o papel por alguns segundos, e então a portinhola foi fechada violentamente, fazendo um barulho que lhe fez dar um pequeno salto.
Diego começou a olhar em volta com mais atenção, tentando achar algo que pudesse estar relacionado com aquele número, sem fazer ideia do que seria.
Não havia nada no local, além da cama. Para quê aquele número lhe serviria?
Foi quando olhou cuidadosamente para as pulseiras de ferro que lhe prendiam os braços, e notou que seu fechamento era por botões numerados.
"É uma senha. A senha pra me soltar? Será?"
Embora isso lhe acendesse uma luz de esperança, também lhe dava um pouco de medo afinal, porquê confiaria em quem o prendeu?
"Bem, não tenho nada a perder... o problema é :como vou apertar os botões sem usar as mãos?"
Aproximou o rosto da pulseira, se esticando muito além do que acreditava que seria capaz, e tentou digitar a senha com o nariz. O resultado, porém, foi desastroso: os botões eram muito pequenos, e sempre que tentava acertá-los com o nariz, apertava dois ou três ao mesmo tempo.
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Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2
Ficção GeralJohnny e Alice, agora recém casados, vivenciam as alegrias e as dificuldades de se adaptar ao estilo de vida um do outro, vindos de condições sociais tão diferentes. Nesta nova etapa eles também enfrentarão - junto com seus amigos Wanda, Sezão, Die...