Erros

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– Não acredito! - falou Diego.

Em cima do sofá estava uma chave, que Diego concluiu ser de alguma porta. Sem pensar muito, pegou a chave e correu até a porta, que estava destrancada.

"Ele ficou tão envolvido na conversa que esqueceu de trancar a porta", pensou.

Ao contrário do que imaginava, a porta daquele cômodo não dava para outra parte de uma casa, e sim saía diretamente na parte externa.

Para seu espanto, tudo que ele enxergou foi um milharal.

"Meus Deus, é por isso que eu não escutava barulho nenhum. Eu estou no meio do nada!".

Olhou para o local onde estava preso: era uma casinha minúscula, com aparência de abandonada, provavelmente para não chamar a atenção.

"Se eu correr pelo milharal, posso ficar perdido, pode ter quilômetros de plantação".

Decidiu dar a volta na casinha; encostado na parede, foi dando um passo por vocês, se precavendo de dar de cara com o sequestrador.

Estacionada ao lado da casa estava uma caminhonete Blazer branca. Caminhou agachado até ela, e quando olhou pela janela...

"Caraca!!! As chaves estão na ignição!!".

Entrou no carro, deu partida e seguiu por uma brecha no milharal, onde havia marcas de pneu no chão.

"É por aqui que ele deve vir."

Antes de entrar no milharal, olhou pelo retrovisor e viu o sequestrador parado perto da casa, olhando para ele.

Diego freou a caminhonete, abriu a porta, desceu e, virando-se para o sequestrador, gritou:

– TOMA ESSA, SEU BABACA HOMOFÓBICO!!! TOMARA QUE APODREÇA NA CADEIA!!!

Sorridente, entrou novamente no carro e sentou-se. Percebeu então que o carro havia desligado. Tentou religá-lo, mas o carro não funcionava.

– Não, não, não, não, MAS QUE MERD@!!!!

Olhou pelo retrovisor e viu que o sequestrador começou a correr em sua direção.

XXXX

Alice estava em casa, sentada na varanda, tomando um vinho. Era inacreditável a quantidade de coisas que aconteceram com ela e Johnny desde que se conheceram. Estava chateada e triste. Não conseguia passar muito tempo com o marido; Diego ainda estava desaparecido; ainda não se acostumara com aquela casa imensa e silenciosa. Sentia-se solitária.

– Dona Alice?

Alice reconheceu aquela voz; era a governanta da casa, mais um os inúmeros funcionários que Johnny tinha.

– Oi Nice, tudo bem? Posso ajudar em algo?

– O pessoal da segurança disse que tem um homem lá fora querendo falar com você.

- Um homem? A essa hora? - respondeu Alice, sem imaginar quem pudesse ser.

– Sim. Diz que é um tal de Allan, da polícia. A senhora quer que mande ele agendar um horário?

– Não, Nice, não precisa. Por favor, diga pra deixarem ele entrar. Ele é um... conhecido da família.

Alice o recebeu na porta. Enquanto ela parecia triste, ele mantinha o mesmo sorriso debochado de sempre.

– Seja bem-vindo! Espero que traga boas notícias.

Ele caminhou pela sala, olhando atentamente em tudo a sua volta.

Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2Onde histórias criam vida. Descubra agora