Um Acordo Entre Amantes (Editando)

capítulo vinte e cinco - Membro da família.

- Ben?! - Diz Natália. - Vamos até nosso quarto para conversar um pouco.

Apenas viro o rosto na direção da minha esposa, mulher ou seja lá o que for. Já nem me importa mais. Subo as escadas ignorando o cumprimento de "Boa Noite" dos meus sogros, se bem que só tenho sogra.

Ao chegar no quarto Natália tranca a porta e pergunta;
- Quando pretendia me contar o que está passando?

- Eu não estou passando nada.

- Você está com câncer Benjamin, em estado terminal. Como você pode dizer ou me privar de saber uma coisa dessas sobre você?

- Natália coloca uma coisa nessa sua cabecinha pequena que só pensa em dinheiro, todo mundo vai morrer um dia. Ainda não encontraram a formula para a imortalidade. Então, eu estou tranquilo vivendo do jeito que posso.

- Eu tenho certeza que você não está levando isso bem, agora, faz sentido o jeito que você me tratava. Ben, você estava sofrendo sozinho para não me preocupar.

Não foi por isso, mas é bom que pense que foi.

Natália me abraça fazendo-me revirar os olhos. Quanto drama, odeio mulher dramática.

- Eu não vou deixar você sozinho meu amor.

- Então, manda seus pais irem embora daqui.

- Não, eles... Eles vieram me visitar amor, também ficaram preocupados com você quando souberam que estava no hospital.

- Não preciso da preocupação de ninguém, principalmente do seu pai.

- Porque você está falando assim? Você adora o meu pai.

-MANDA LOGO EMBORA, PORRA! - Grito.

- Para que isso?

- Vai embora daqui! - empurro Natália até a porta, pego a chave de sua mão e a coloco para fora, posteriormente, me trancando no quarto sozinho.- Estou cansado de gente idiota ao meu redor.

Pego meu celular e faço uma ligação, no segundo toque a pessoa atende.

- Oi meu filho! Eu sabia que você ia ligar para mim. Coração de mãe nunca falha. Me desculpa por não ter falado a verdade antes. - choraminga minha mãe do outro lado da linha.

- Tudo bem! Já voltou para os Estados Unidos?

- Eu não vou voltar até te abraçar de novo meu amor.

- Então, porque a senhora não vem jantar aqui em casa hoje?

- Seria maravilhoso meu filho.

- Seria não, vai ser. Estou te esperando m-a-m-ã-e.

- Logo, apareço aí. Beijos meu amor.

Ela desliga o telefone. Olho para a lua minguante que destaca em um céu estrelado, através do vidro da varanda. Uma noite como está não pode terminar melhor, só fico imaginando como será a reação de Iolanda quando souber que sou seu enteado. Melhor, como meu "amorzinho" vai reagir. Quer saber, Dane-se, não ligo para porra nenhuma.

Envio um áudio através do whatsapp para Gil, pedindo que ele mande o número de Catarina.

Mandei Gil investigar cada passo de Catarina, desde a noite em que ela apareceu em meu casamento. Aquela mulher ainda desperta um arrepio na minha espinha, não me canso de prova-la. Acho que Catarina, é a única mulher posso dizer que amei de verdade, mas aí lembro de Maria Luiza. Como as coisas eram boas quando vivíamos a três.

Abro a porta e desço as escadas direcionando-me até a sala de jantar, onde minha "família" está provando um carpaccio de camarão. Natália baixa a cabeça ao me ver.