capítulo vinte e três - Museu do amanhã.

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Benjamin

Receio em ter tomado tais decisões em relação a Maria Luiza, mas o que posso fazer se tenho que agradar uma esposa que não posso tocar? Todas as noites está sendo uma tortura para mim o fato de saber que durmo ao lado de uma irmã que até um tempo atrás, eu não sabia que tinha.

Deveria ser fácil para mim falar a verdade para Natália sobre nosso laço fraterno, mas não consigo nem mesmo pronunciar dez palavras com ela em um diálogo por dois motivos, ela é minha irmã e bati na cara dela.

Nunca pensei que dormiria na mesma cama que uma mulher e ficaria a noite toda olhando para cima ao invés de fudendo elas até o amanhecer, como era antes. Hoje, só de pensar que fiz isso com minha irmã chega a me dar ânsia de vômito, apesar de ter sido momentos cheios de adrenalina.

Levanto da cama deixando Natália dormindo virada para o outro lado da cama. É estranho como Natália sente prazer em vestir as roupas de Maria Luiza e sente-se bem em ser a dona dessa casa.

Vou até o banheiro e ligo o chuveiro, encosto as mãos na parede e fecho os olhos sentindo a água quente descer pelo meu corpo. Como eu queria Catarina agora comigo, sentir aquelas mãos macias deslizar pelo meu corpo. Beijar aquela boca gostosa e puxar os cabelos pretos e longoa dela em um foda de baixo do chuveiro. Sinto mãos delicadas me envolvendo por trás, fazendo-me voltar dos meus devaneios.

Viro-me assustado e vejo Natália nua olhando para mim com um semblante de raiva.

- Porque isso? Eu só queria saber o porquê disso? - Diz chegando perto de mim.

Visto o roupão saindo do banheiro.

- Apenas não estou no clima Natália.

- Há quase um mês que você não quer me abraçar. Não quer me beijar. Não quer fazer amor. Não quer nem mesmo conversar comigo. - Ela abre os braços. - O que eu fiz? Eu só queria saber, o que foi que eu fiz para você agir assim comigo?

- Não é você, sou eu.

- Não mente para mim Benjamin. - Cruza os braços. - Eu sei muito bem quando uma coisa não vai bem entre a gente, estou com você já quase dez anos. Foi alguma coisa que a sua mãe falou?

- O que? Claro que não.

- Eu lembro que você ficou assim depois daquela visita da dela. Na verdade, a última que ela fez.

- Para com isso! Não têm nada haver com ela.

- Provavelmente o papai falou a ela que estamos em falência e que ele vêm morar aqui com a mamãe.

Como é? Eu devo ter escutado mal, o desgraçado que acabou com a minha vida sexual vêm morar aqui? Na minha casa?

Meu SOGRO e eu nos damos bem, até porque até um tempo atrás eu pensava que ele era somente o pai da minha esposa, mas agora, logo agora, descobri pela cabeça pequena da minha mãe que ele também é meu pai. Justamente nesse momento o filho da puta desse velho tinha que vir lá da casa de caralho que ele vive.

Me viro para Natália e digo:

- Não!

- Não o que?

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora