Capítulo Onze - Contra a união.

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Ian está paralisada, incrédulo olhando para mim. Provavelmente está bufando de raiva, mas tudo o que fiz foi protegê-lo de uma maluca, pois sua verdadeira mãe já tinha morrido há anos. Aquela mulher que se internou na clínica psiquiátrica, não era a mesma Maria Luiza, apenas seu corpo estava lá, a mentalidade de boa mãe e mulher de casa não existia mais. Eu não podia alimentar meu filho de um amor que se transformou em loucura, uma loucura muito além da compreensão dele. Digamos que eu o salvei de se tornar igual ou pior que a mãe.

Natália seria a mãe perfeita para meus filhos, mas ela sabe que essa responsabilidade não desrespeita a ela. Por isso, ela tomou a inteligente decisão de fazê-los viver a própria vida, o que é mais que certo.

- O que você está dizendo?- pergunta.

- A verdade! A sua mãe não morreu, ela está viva e voltou no dia do meu casamento com Natália para reinvindicar o que é dela por direito.

- No caso, ela estava aqui na mesma na noite que a mãe da Valentina?

- Como sabe?

Ian avança para cima de mim e levanta as golas do meu terno novo de quase 13 mil reais.

- Fala sim ou não, porra!
O empurro fazendo com que ele caia de costas no sofá. Quem já se viu criar um merda desse para mim enfrentar como tal? Chega a me dar vontade de quebrar todos os dente desse miserável e entregar a maluca da mãe dele.

A rebeldia de Valentina e o atrevimento de Ian, é tudo culpas das imprestáveis que encontrei para ser mãe deles. A maior verdade, é que beleza não faz uma mulher de verdade. Poderia ter comido várias mulheres e continuar com a minha decisão em não querer ter filhos, mas és que Catarina engravida de uma bostinha que nem ela mesmo teve condições para criar porque estava em coma. Ian é outro que deveria me agradecer de joelhos por ter criado ele, até porque não sou pai biológico muito menos estaria livre de quaisquer obrigações, após o internamento da mãe dele.

Pensando bem agora, chega a ser até engraçado o fato dele achar que devo dar alguma coisa da herança de Maria Luiza. Eu quem era o esposo dela. Por tanto, eu quem devo cuidar da fortuna que ela enquanto "sóbria", administrou muito mal a ponte de quase decretar falência. Só não decretou, porque eu cuidei da outra parte dinheiro todos esses anos, enquanto Rosa gozava da vida com sabe se lá o que, com o restante da fortuna de Maria Luiza.

- Não ouse mais me enfrentar dessa forma, porque da próxima não vou hesitar em quebrar sua cara, moleque. - pego meu copo de Gin e coloco mais um pouco da bebida, em seguida, tomo um gole.- Sua mãe esteve juntamente com Catarina, Maria Luiza e Rosa.

- você disse que minha mãe morreu dentro da clínica.

- Falei para preservar você daquela maluca.

Ian pressiona as mãos na cadeira levantando-se com o impulso, em seguida, fica frente a frente comigo. Ele me encara com um olhar repleto de raiva, ao mesmo tempo com um misto de dor e solidão. Ian sabe que sou o único a quem ele pode confiar, quem ele pensa que a mãe dele é de verdade? Uma mãe carinhosa? Cheia de amor para dá? Os jovens de hoje precisam entender, que o que gira não é sentimentalismo. Que não devemos confiar nas pessoas, elas mudam de acordo com os anos e acontecimentos. E Maria Luiza... Aquela enlouqueceu de vez. Foi possível comprovar ao ver ela vestida como viúva, junta com as outras, com excessão de Catarina. Outro ponto a destacar, o que ela faz com Rosa? A mulher que roubou a fortuna dela.

- Ela ficou maluca por causa de você. Você é o único culpado por enlouquecer minhas mãe. - Diz revoltado. Ian coloca as duas mãos na cabeça como se tivesse tentando controlar o que sente.
Está ficando louco igual a mãe.

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora